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5 de setembro de 2022

Os nossos eleitores estão há anos luz da verdade!

Infelizmente para nossa sociedade existem vários fatores que nos transformam nos piores eleitores do planeta. Temos um sistema eleitoral, temos urnas eletrônicas, vivemos numa democracia, porém, não conseguimos fazer dela algo minimamente favorável as nossas vidas.

Embora a nossa péssima educação seja um dos problemas, ilude-se quem pensa que ela é preponderante quando analisamos a situação. Basta vermos médicos, engenheiros e advogados que tiveram acesso a boa educação de qualidade votarem e defenderem um sujeito desqualificado como Bolsonaro, por exemplo. Como pessoas que estudaram tanto podem cometer um erro tão primário?

O brasileiro em geral não se preocupa em ler, pesquisar, se aprofundar quando o assunto envolve política, com isso, vota em branco, nulo ou pior, se abstém da escolha de seus representantes, dando aos outros eleitores e aos políticos um cheque em branco.

Estes ainda cometem um segundo erro que é tão ruim quanto não exercer seu voto. Deixam de acompanhar, fiscalizar e cobrar os políticos eleitos no país. Proporcionam aos maus políticos tudo que eles precisam, que é a liberdade e tranquilidade para agirem sem cobranças, de quem na verdade paga com seus impostos todo sistema.

Entre os que votam e até participam do sistema democrático, temos um alto nível de desinformação. Entre os motivos e erros cometidos estão:

- Ideologia > Mesmo sem conhecer, muitos pensam que estão votando no melhor candidato apenas pelo fato dele não ser de esquerda, centro ou direita. Não fazem a pesquisa que deve preceder a escolha, apenas votam no segmento ideológico que acreditam ser o melhor. Com isso, elegem corruptos, vagabundos, bandidos, que vão ajudar a roubar seus sonhos e esperança.

- Titulação > Muitos eleitores votam em candidatos que se autodenominam religiosos, militares, policiais, etc. Os maus partidos já perceberam isso e assim colocam para concorrer centenas de péssimos candidatos que levam antes do nome: Pastor, Bispo, Irmão, Padre, Coronel, Major, Capitão, etc. Eles se elegem e defendem apenas seus partidos, seus líderes religiosos ou seus financiadores de campanha. 

- Voto aleatório > Além de acompanhar tudo que se refere aos candidatos, pesquisando, lendo, o eleitor precisa votar de forma consciente. O voto é um direito, é preciso dar valor a ele e usá-lo como uma arma a seu favor e da sua Cidade/Estado ou País. Os números são assustadores no Brasil, onde cerca de 70% dos eleitores não se lembram em quem votaram quatro anos antes para vereador, prefeito, deputado ou senador. Isso demonstra o descaso com que os eleitores se dirigem as urnas.

- Religião > O país deixou de ser laico com Bolsonaro no poder e, com isso, pastores das grandes igrejas perceberam que podiam interferir na escolha dos seus fiéis, no governo e começaram a lançar centenas de candidatos ao legislativo. Ocorre que religião e política não se misturam, ainda mais se no meio delas estiver presente o crime das fake news.

- Fake News > Desde 2018, um meio criminoso é utilizado na campanha do candidato Bolsonaro e seus aliados. O uso indiscriminado de disparos de mensagens contendo fake news nas redes sociais. Por mais que o STF tenha dito que iria coibir essa prática criminosa, o esquema está montado e o presidente mente com tanta naturalidade que isso passou a ser seu legado. Muitos que votam nele acreditam piamente nas mentiras que são repassadas por ele, seus filhos, sua campanha, seus aliados, pastores ligados ao comando da campanha e até na mídia bolsonarista. Se a política brasileira já não é um exemplo de probidade, seriedade e honestidade, com as mentiras disparadas fica ainda mais difícil ter resultados baseados em projetos de governo.

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

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