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1 de setembro de 2022

Debate? MMA? Ou apologia as mentiras?

Há muitos anos a mídia deveria ter abolido o atual modelo de debate entre candidatos ao governo (Estado ou Presidência), visto que, esse formato apresentado está esgotado, não convence o eleitor e cansa o telespectador que consegue chegar ao seu final.

O formato americano, embora tenha seus problemas, coloca frente a frente os dois postulantes ao cargo, evitando a participação de coadjuvantes que não tem nenhuma chance, como também não tem propostas diferenciadas.

Porém, nosso sistema eleitoral é diferente dos EUA, então, as emissoras que promovem os debates tentam ser democráticas e colocam lado a lado, cinco ou seis candidatos que não vão conseguir apresentar ao eleitor propostas, programas de governo, enfim, ideias minimamente inteligentes sobre os diversos problemas do país.

Com isso assistimos um deserto de inteligência cognitiva e, ao invés de um debate de alto nível, assistimos a um confronto de MMA, uma luta deselegante, burra e que não acrescenta nada ao processo eleitoral brasileiro. Além dessa agressividade uns com os outros, candidatos mentem descaradamente como se nós, do outro lado, não tivéssemos capacidade e memória para saber que aquilo é uma fake news.

Sempre achei que um debate de ideias, feito por candidatos(as) inteligentes fosse a melhor maneira do eleitor auferir e confirmar sua posição com relação ao seu voto. Porém, ao término do debate promovido pelo Pool (Band, TV Cultura, UOL e Folha de S. Paulo) neste final de agosto/22, senti raiva por ter assistido, tristeza por saber que estes que debateram não estão nem um pouco preocupados com o povo brasileiro.

Nossa classe política, ao contrário dos vinhos, fica pior a cada ano que passa, enrugando o cérebro, enrijecendo o coração e desprezando aqueles que acima de qualquer coisa, pagam seus salários, seu fundo eleitoral e suas malfadadas gestões.

Precisamos de um novo modelo de debates, é verdade. Porém, precisamos urgentemente de um novo perfil de políticos neste país, o modelo atual que data de 1889, é antigo, ultrapassado e não acrescenta nada ao país. 

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

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