Nas eleições de 2020 para a prefeitura da maior cidade da América Latina, já era do conhecimento dos eleitores paulistanos que Bruno Covas – PSDB/SP estava em tratamento contra um câncer, tendo realizado inclusive quimioterapia no decorrer de seu primeiro mandato (2017-2020).
Seu avô Mário Covas, que faleceu justamente da mesma doença em 06 de março de 2001, também sabia da gravidade da doença e de toda luta que deveria travar com ela nos meses seguintes.
Mesmo assim, a despeito da gravidade da enfermidade e da incompatibilidade de trata-la sendo prefeito de uma cidade com tantos problemas, desafios e adversidades, Bruno não abdicou em nome da sua saúde de sua família.
Insistiu com a campanha e ainda colocou como seu vice na chapa, um cidadão que tem alguns processos de corrupção nas costas sendo investigados pelo MP.
O vereador Ricardo Nunes (MDB), vice-prefeito na chapa de Bruno Covas (PSDB), foi acusado de violência doméstica pela esposa e é investigado por superfaturamento no aluguel de creches conveniadas com a prefeitura. Ele assumirá a prefeitura com o pedido de licença de Bruno Covas a partir de 03 de maio, e terá nas mãos o maior orçamento do país, depois do governo federal.
Várias reportagens do jornal Folha de S. Paulo ligam o vereador Ricardo Nunes e seu grupo político com a chamada Máfia das Creches em SP. A entidade gestora de escolas infantis ligada ao vice na chapa de Bruno Covas (PSDB), utilizou recursos recebidos dos cofres públicos municipais para pagar empresas investigadas na máfia das creches e também a uma dedetizadora pertencente à família do vereador.
Ele mantém uma teia de conexões entre empresas, parentes e indicados políticos com cargos na gestão que envolvem creches contratadas pelo município. Essas conexões têm como pivôs o próprio vice de Covas e a Associação Amiga da Criança e do Adolescente (Acria).
Parece que a predileção dos partidos em SP passou a ser das merendas e creches, depois que exauriram os cofres públicos com desvios em grandes obras através de propinas para empreiteiras.
O esquema envolve ainda empresas ligadas a assessores e servidores indicados por Nunes que fazem negócios entre si e também com as creches. Além disso, há parentesco entre funcionários da prefeitura indicados pelo vereador e donos de empresas e entidades que faturam com o serviço e o aluguel dessas creches.
Essa
é a chapa que os eleitores paulistanos elegeram em parte por serem
conservadores e por não votarem
no candidato adversário que era de um partido de esquerda. Não pesquisam, votam
com o fígado e a ignorância e mantém a cidade em que vivem os esquemas de
fraudes, roubos e corrupção vivos. Um círculo vicioso que se mantém no Estado
há 26 anos com o PSDB no poder.
Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.
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