“Tudo já foi dito uma vez,
mas como ninguém escuta é
preciso dizer de novo"
André Gilde.
Está tramitando no Senado, uma
Proposta de Emenda à Constituição (PEC), estabelecendo cláusula de desempenho
para o funcionamento dos partidos políticos. Na fase atual ainda terá de passar
por uma votação no Senado antes de ser enviada à Câmara dos Deputados.
Na Câmara terá de ser analisada e para
ser aprovada precisará de dois terços dos votos em dois turnos. Em caso de
aprovação seguirá para a sanção ou veto do presidente.
O texto visa alterar com cláusulas de
desempenho, o acesso dos partidos ao fundo partidário e ao tempo gratuito de
televisão (Gratuito para os partidos, mas não para o contribuinte).
A proposta pretende acabar com as coligações
para as eleições dentro do sistema proporcional (Vereadores, Deputados
Estaduais e Federais). Atualmente, a legislação eleitoral permite alianças
entre os partidos para eleger deputados e vereadores.
Pela mudança sugerida, os partidos que
não conseguirem atingir os requisitos mínimos de desempenho eleitoral também
serão obrigados a ter uma estrutura menor na Câmara. Isso implica em perderem
acesso a cargos de liderança, participações em comissões permanentes e cargos
na mesa diretora.
Os requisitos que estão sendo
solicitados são:
Ø
Obter
pelo menos 2% dos votos válidos para Deputado Federal em todo o país;
Ø
Conseguir
2% dos votos para deputado federal em, no mínimo, 14 Estados brasileiros;
A PEC prevê,
ainda, que, a partir das eleições de 2022, a taxa mínima de votos apurados
nacionalmente será de 3%, mantida a taxa de 2% em pelo menos 14 Estados.
O possível fim
das coligações favorece os grandes partidos já estabelecidos em todo território
nacional, visto que possuem representatividade, estrutura e poder conquistado
ao longo dos últimos 20 anos.
Entretanto, as
pequenas agremiações, que não poderão se coligar aos grandes partidos nas
eleições, com objetivos meramente financeiros e comerciais vão passar a ter
muitas dificuldades em se manter vivas.
Apenas para
que possamos ter uma dimensão da nova PEC, se aprovada, veja como estariam os
partidos em 2014 após as eleições. Apenas 14 deles estariam funcionando em 2015.
Entre as legendas afetadas estariam PC do B, PPS, PSOL, PROS, etc. Estariam
livres apenas o PMDB, PT, PSDB, DEM, PDT, PP, PR, PRB, PSB, PSC, PSD, PTB E SD.
No Brasil,
existem hoje em dia 35 partidos, e outros 30 com pedido de registro em
andamento no TSE. Um número obsceno e imoral de partidos sem ideologia, sem
projetos e conteúdo programático de governo que justifiquem suas existências. O
poder e um naco do Fundo Partidário são os únicos objetivos destes partidos e
seus mandatários.
É preciso
acabar com essa farra reduzindo o custo per capita dos políticos em todo
território nacional, hoje na casa do 100 bilhões por ano.
Além de por
fim a maior imoralidade dentre tantas: O “Foro Privilegiado”, que na verdade se
reveste de um manto de impunidade, permitindo a prática de crimes de corrupção
contra a economia nacional, ferindo mortalmente a sociedade brasileira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário