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1 de julho de 2024

A procura de um legado de um político de direita!

 

Os eleitores os elegem por alguns motivos: desinformação, falta de pesquisa sobre passado recente do candidato, omissão, acreditar em mentiras espalhadas pela direita como “O comunismo vai voltar” “Eles vão destruir a família brasileira” e outras patacoadas sem quaisquer razoabilidades.

Depois de eleitos, eles aos poucos mostram a todos que o mandato irá pertencer aos ricos, aos empresários, aos grandes grupos financeiros da elite e, em quatro ou oito anos, jamais deixaram algo palpável de positivo ao povo que os elegeu.

Bolsonaro é um exemplo típico, desde que se aventurou na política como vereador no Rio de Janeiro em 1988, após ser expulso do exército. Dois anos depois foi eleito deputado federal pelo RJ, ficou então no baixo clero de 1991 a 2018, sem ter projetos importantes, mas defendendo tortura, ditadura, milicianos, estupradores e empresários. Neste período empregou milicianos, teve funcionários fantasmas no gabinete e tem sobre seu passado suspeitas de ganhos com rachadinhas nunca apuradas pelas autoridades competentes.

De 2019 a 2022, exerceu o cargo de presidente da república, sem ter realizado praticamente nada em favor do povo. Período marcado pela construção de nenhum hospital, universidade, obras viárias, saneamento básico, projeto educacional, segurança pública, enfim, seu legado não passa por nada que esteja próximo de trabalho e suor.

Assim são os demais políticos de direita no Brasil. Com raríssimas exceções, em geral, entram e saem dos seus mandatos sem terem realizado nada de significativo para a sociedade brasileira.

Mesmo assim, conseguem milhões de votos de um eleitorado que precisa ser estudado por Freud ou pela Nasa. Não tem explicação alguém eleger quem irá prejudicá-lo por quatro ou oito anos. Os exemplos são muitos em todo país. Em SP, em 2022, os eleitores ditos conservadores elegeram um cidadão que nunca viveu no Estado, nunca teve uma experiência positiva como gestor público.

Sempre me recordo de um colega que vivia bem com sua empresa prosperando em Bauru durante as gestões de Lula e Dilma. Ele vociferava contra o PT, porém, nos governos de Temer e Bolsonaro sua empresa foi fechada e ele viveu momentos de dificuldade financeira.

Em pouco menos de dois anos, este governador privatizou a Sabesp, algo que nem Mário Covas sonhou um dia fazê-lo, por saber da importância estratégica da empresa para o Estado. Pretende conceder a iniciativa privada a administração de escolas estaduais, além de implantar escolas cívico militares no Estado.

E mesmo com o desmonte da Sabesp, do ensino público, permitindo que os alunos que tenham pais ricos levem vantagem ainda maior sobre os demais, os eleitores devem reelege-lo em 2026, ou cometer a loucura suprema de votar neste sujeito para presidência caso ele venha a ser candidato.

De uma forma geral, é muito difícil, ou até impossível em algumas situações, encontrar após o término de uma gestão de um político de direita algo de positivo para a sociedade, em especial aos mais necessitados. Esses políticos não se preocupam com nada que diga respeito a políticas sociais, bem estar, índice de desenvolvimento humano – IDH, benefícios sociais ou trabalhistas nem tampouco com a cidade ou Estado que estavam administrando.  

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Acadêmico da ABLetras, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

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