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9 de julho de 2024

Fundamentalismo bolsonarista!

 

Desde que submergiu do baixo clero da Câmara dos Deputados em Brasília em 2017, se aventurando a ser presidente da república, depois de 27 anos como deputado federal sem ter nenhum projeto significante para a sociedade, Jair Bolsonaro virou o Mito dos conservadores, evangélicos, caminhoneiros, policiais militares, milicianos, soldados de baixa patente do exército e idosos.

Para manter esse grupo unido em seu projeto, era preciso comunicação e isso foi feito via aplicativos como WhatsApp e Telegram, além do uso massivo das redes sociais. Mas, o que e como falar com essa enorme população? Seus aliados e os filhos incentivaram-no a disseminar fake news contra seus adversários, o PT, à esquerda, Dilma e Lula, mesmo que estes não estivessem concorrendo à eleição em 2018.

Tudo isso deu certo e era importante, porém, era necessário que ele defendesse alguns pontos importantes para seus admiradores, como por exemplo: Liberação de armas indiscriminadamente; Redução do Estado; Ódio à esquerda e à fé cristã.

Para poder passar ao povo incauto e desinformado uma imagem de homem cristão, ele se transformou de católico, que foi a vida inteira, em evangélico, banhado nas águas do Rio Jordão por um pastor amigo. Com isso, arregimentou dezenas de pastores das grandes igrejas evangélicas, em particular das pentecostais.

Isso garantiu a ele não somente votos na eleição, mas a devoção que o levou a ser chamado de “Mito” por essa gente que não sabe o que significa mito. Mesmo com quatro anos sem ter realizado nada pelo país, nem pelos evangélicos ou muito menos para a classe média, a adoração permaneceu após o seu desastroso mandato.

Nem a falta de vacinas, ou a aquisição atrasada das mesmas, que matou quase 700 mil brasileiros, mudaram a adoração ao político canhestro de extrema direita, adorador de torturadores como Cel. Ustra. A explicação para essa lavagem cerebral coletiva de boa parte dos brasileiros, em especial os mais idosos, é algo quase impossível de ser feita.

Porém, a mistura de armas de fogo com fé religiosa exacerbada levou pessoas a romperem com amigos e familiares, algo que se mantém até os dias atuais. Levou rádios, emissoras de TV e jornais a mentirem aos seus ouvintes e leitores. E tudo isso por alguém que nada realizou por eles ou pela nação.

Para quem pesquisa, lê e acredita nos livros e na história nada mudou, o ex-militar expulso do exército por mau comportamento, ex-vereador e deputado federal incipiente, improdutivo e omisso do Rio de Janeiro, ex-presidente (2019-2022), nunca os enganou. Sabiam que aquele sujeito era uma farsa, seu pseudo amor à pátria, família e Deus eram mentiras para obtenção de votos, nada mais do que isso.

Porém, coadjuvado por vereadores, deputados estaduais e federais, senadores, governadores e pastores charlatães, esse político mesquinho, fraco, ignorante e sem legado, se mantém vivo graças às Fake News que eles disseminam e aos púlpitos de igrejas que ainda são mantidos por pastores envolvidos com politicagem, bandidagem e crimes.

Esse fundamentalismo pseudorreligioso lembra muito as décadas de 30 e 40 na Itália de Mussolini e na Alemanha de Adolf. Se os eleitores não saírem dessa pasmaceira, se livrando dessa lavagem cerebral a que foram submetidos, poderemos em breve ter a mesma situação dos países que permitiram que a religião se misturasse às armas e ao ódio que os levou ao terrorismo.

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Acadêmico da ABLetras, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

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