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21 de novembro de 2023

A extrema direita mundial e seus exemplos toscos!

 

La extrema derecha mundial y sus burdos ejemplos ou The World Far Right and Its Crude Examples.

 

A ascensão e eleição de Donald Trump à presidência dos EUA em 2016, trouxe à tona a possibilidade de multiplicação de candidatos “outsider” na Europa e em especial na América do Sul. O termo significa que o candidato é aquele que não fazia parte da política, não era ativo na vida partidária, nunca ocupou um cargo político, mas tenta concorrer a uma eleição.

Os quatro anos de Trump foram marcados pelas mentiras, pela falta de gestão pública, equacionamento da dívida, geração de empregos e se caracterizou por ter uma agressividade sem tamanho para com seus desafetos, adversários e até mesmo dentro de seu partido.

Ao perder a reeleição, insuflou seus aliados a invadirem o Capitólio numa cena dantesca, que marcou profundamente a política americana, visto que, jamais algo sequer parecido havia ocorrido. O bufão ruivo tentará, se a justiça permitir, se candidatar novamente em 2024.

Aqui no Brasil, embora não fosse um candidato outsider, visto que viveu nas tetas da política por mais de 30 anos, dela fazendo seu ganha pão e com ela angariando milhões em imóveis e outros bens. Se as investigações fossem levadas a sério, sem interferências, talvez pudessem chegar as famosas rachadinhas em seus gabinetes. O que explicaria tantos recursos à sua disposição.

Porém, com partido minúsculo, que possuía seis segundos na propaganda eleitoral de rádio e televisão, ele conseguiu vencer a eleição presidencial em 2018.

Fã declarado de Trump, embora o bufão americano nunca tenha dado atenção a Bolsonaro entre 2016 e 2020, sua gestão foi tão pífia ou até pior do que a do norte-americano. Não tem obras para chamar de sua, não edificou hospitais, estradas, portos ou aeroportos, não implantou plano habitacional nem de saneamento básico.

Torrou milhões com motociatas, não adquiriu vacinas contra a Covid-19 e, em seu governo, 700 mil pessoas morreram da Covid enquanto ele indicava cloroquina e ozônio retal como opções de cura. Em seu governo até o Ministério da Educação foi vilipendiado pela corrupção. Fingiu ser evangélico e passou a ser o líder, o Mito dos pastores, eleitores e apoiadores. Depois de quatro anos desastrosos, insuflou sua gente a invadir Brasília para tentar um golpe realizado em 08 de janeiro de 2023.

Sem apoio dos EUA, sem ajuda dos militares que se limitaram a dar guarida aos terroristas nas portas de seus quartéis e não levantar o braço armado quando da invasão, eles se tornaram alvo fácil da Justiça e estão sendo condenados paulatinamente.

Agora surge no cenário sul-americano Javier Milei, que se assemelha muito mais a Bolsonaro do que a Trump. Nascido no bairro de Palermo, em Buenos Aires, em 22 de outubro de 1970, Milei teve uma infância marcada por momentos polêmicos em família, que ele mesmo reconheceu em um programa do canal argentino “Telefé”.

Embora o relacionamento com seus pais não fosse bom, Milei encontrou apoio em sua irmã. O economista reconhece que Karina Milei é a pessoa que melhor o conhece e é “a grande arquiteta” de seus acontecimentos políticos. Milei disse a diferentes meios de comunicação que, caso se torne presidente, ela desempenhará o papel de primeira-dama.

O jornalista Juan Luis González é um dos pesquisadores da biografia não autorizada do economista, intitulada “El Loco”. À CNN, ele declarou que a passagem de Javier Milei pelo Colégio Cardenal Copello, em Villa Devoto, foi marcada por bullying.

Para a elaboração do livro, o autor garante que conversou com os colegas de escola do candidato à Presidência e todos concordaram com a memória de um menino retraído e calado alvo de piadas constantes.

Suas principais propostas de campanha são a dolarização da economia argentina em etapas, a redução dos gastos estatais e a privatização de empresas públicas.

No plano trabalhista, ele propõe o fim das verbas rescisórias para reduzir os custos trabalhistas, mas duas das propostas que mais geraram polêmica encontram-se na esfera de segurança: a desregulamentação do porte de armas e a militarização das prisões.

Fala em “Liberdade” o tempo inteiro, seu discurso vazio após a vitória na eleição foi marcado pela citação dezenas de vezes desta palavra. Estranho é que sua vice é filha de um torturador da ditadura militar argentina...

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

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