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3 de novembro de 2023

Enquanto o povo dorme, vereadores de São Paulo fazem a festa!

 

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou neste dia 1º de novembro um projeto de decreto legislativo que dá o título de cidadã paulistana à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

A proposta, de autoria dos vereadores Rinaldi Digilio (União Brasil) e Fernando Holiday (PL), recebeu 37 votos a favor. As bancadas do PT e do PSOL votaram contra a homenagem.

O que Michelle fez por São Paulo? Qual a comprovação destes supostos feitos que ninguém viu em tempo algum? Quando primeira dama realizou o quê para a sociedade paulistana? Seu marido construiu algum hospital? Comprou vacinas contra a Covid? Ela e ele incentivaram a população nas campanhas de vacinação contra diversas doenças?

Alegam os propositores do projeto que agrada o prefeito Ricardo Nunes desesperado por se reeleger em 2024, que Michelle tem desempenhado um papel notável em nossa nação, se destacando o seu trabalho voltado para pessoas com deficiência, doenças raras, autismo e inclusão de libras.

Entretanto, os dois vereadores não sabem dizer aonde este suposto trabalho foi ou é realizado, porque em quatro anos ele é completamente desconhecido da maioria da nossa sociedade. Essa senhora ficou fechada no Palácio do Planalto e de lá saiu apenas para ir a Igrejas e Templos pedir votos ao seu marido, usando de ameaças e mentiras contra o adversário. Depois da eleição nunca mais foi vista numa Igreja.

Projeto com cunho político, visando agradar bolsonaristas e extremistas de direita, agradar ao inelegível, tornando sua mulher “Cidadã Paulistana”. Eles, que já tem um filho (Dep. Federal Eduardo Bolsonaro) que se elege pelo Estado, embora nunca tenha vivido em São Paulo, muito menos feito algo pela região. Assim caminha a mediocridade política em SP e no país.

Não satisfeitos, os vereadores da capital paulista ainda tiveram tempo de votar um outro projeto que autoriza reeleições ilimitadas para a Mesa Diretora da Casa, ou seja, os presidentes poderão concorrer ao cargo quantas vezes quiserem. A medida contou com apoio de 46 parlamentares, contra a bancada do PSOL (6 votos) que foram contrários à medida.

O texto beneficia o atual presidente da Câmara, vereador Milton Leite (União Brasil), que poderá concorrer ao seu quarto mandato consecutivo à frente do Legislativo municipal. Antes, o presidente do Legislativo poderia ser reconduzido ao cargo duas vezes consecutivas. Notem que apenas o PSOL votou contra. O PT, que possui uma bancada com oito vereadores, votou a favor dessa excrescência política.

Os eleitores brasileiros votam em candidatos conservadores, medíocres, desqualificados, imorais, que depois de eleitos passam a votar e legislar em favor próprio ou de segmentos que não representam a maioria da cidade. Estes eleitores ficam alheios, não fiscalizam, não acompanham e ainda dizem aos amigos com o peito estufado: “Eu odeio política”.  

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

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