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11 de julho de 2023

Gestão municipal: preguiça é teu nome, soberba o teu sobrenome!

 

                                     Uma obra de milhões desperdiçados no tempo

A atual gestão municipal em Bauru deveria ter começado em janeiro de 2021, porém, os resultados são tão pífios, tão insignificantes que nos parece que a cidade está acéfala, sem comando e sem planejamento. Caminhando por osmose sem direção.

Os recursos existem, são milhões em caixa, entretanto, não são utilizados de imediato naquilo que realmente interessa a sociedade bauruense. Em um ano e meio de gestão, praticamente nada foi realizado na cidade, senão vejamos:

1.   Ruas e avenidas esburacadas;

2.   Monitoramento por vídeo parado;

3.   Projeto do Mercadão no centro parado;

4.   Estação de Tratamento de Esgotos parada;

5.   Modernização da Estação de Tratamento de águas parada;

6.   Coleta de lixo e destinação sem uma solução inteligente e definitiva;

7.   Teatro Municipal sem ar-condicionado e sem reformas;

8.   Cidade continua suja, mato alto e dengue;

9.   Não houve nenhuma ação para remodelação e modernização do Calçadão da Batista e centro antigo;

10.   Transporte coletivo da cidade é um dos mais caros do interior e com a pior qualidade.

A Câmara já recebeu diversos pedidos de CEI para cassação da prefeita, porém, oito ou nove vereadores acreditam que foi a prefeita que os elegeu, não os votos do povo. Desta forma, votam sempre a favor dela e, com isso, não deixam nenhuma investigação ou relatório de CEI ser aprovado para levar à cassação da prefeita.

Em troca, eles recebem cargos para seus apaniguados na prefeitura, autarquias como o DAE, por exemplo, que ao longo dos anos virou o grande cabideiro municipal dos vereadores. Em parte, os eleitores são culpados por elegerem vereadores submissos ao poder e ao dinheiro. Se pesquisassem e votassem em pessoas mais bem preparadas isso não estaria ocorrendo na cidade nos últimos 30 anos.

A sociedade assisti a tudo inerte e, se soubessem o poder que possuem, as coisas seriam muito diferentes na administração pública, tanto no Executivo como no Legislativo municipal.

Votar é apenas um pequeno ato do conjunto de ações da participação democrática do cidadão. É preciso, após as eleições, acompanhar, fiscalizar e cobrar os eleitos, isso inclui prefeita e vereadores, durante quatro anos da gestão para o qual foram eleitos. Sem isso, a sociedade dará aos políticos um cheque em branco para eles usarem como bem entenderem por quatro anos. Algo inadmissível diante do poder que emana do povo e para ele deve ser direcionado, não o contrário.

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

Um comentário:

Maria Angélica disse...

Excelente texto. Não é preciso ser muito aplicado em políticas públicas para entender que Bauru parou no tempo, tem perdido espaço para cidades com população menor, mas muito mais bem cuidadas do que a Sem Limites. A tentativa de "maquiar", de dar um "tapa" no visual urbano, chegam a patética situação de pintarem faixas de trânsito sobre buracos. E isso é apenas um dos vários problemas, pois todos os dias sabemos de falta de insumos e também de profissionais na área da saúde, falta de vagas na educação, poucas opções no Esporte e uma Cultura praticamente nula. Triste situação de uma cidade que sempre foi referência no interior.