Os números da Saúde Pública na cidade de Bauru, Centro Oeste do Estado mais rico da Nação assustam e preocupam a sociedade. Uma cidade com cerca de 380 mil habitantes não poderia ficar à mercê de um sistema que se encontra na UTI. Falta tudo: leitos hospitalares, leitos de UTI, médicos e estrutura para fornecer rapidamente exames como endoscopia, raio X, ecocardiograma e ultrassom de mama, pélvico entre outros.
Na cidade, a fila de pessoas aguardando consultas e exames tem espera de até 40 anos. Sim, quarenta anos. Quatro décadas são necessários para que um bauruense que paga seus impostos em dia tenha seu atendimento realizado.
Chega a ser algo criminoso submeter a sociedade a algo dessa natureza. Uma pessoa que precise se submeter a uma simples avaliação de cirurgia vascular (varizes) terá que aguardar algo em torno de 38 anos.
Inaceitável que a prefeita, os vereadores e o governador convivam com estes números sem nada fazer para que essa calamidade seja solucionada rapidamente. Um problema que se agrava ao longo dos anos, cada nova gestão fala em saúde na campanha, época de promessas vazias, porém nada fazem nos quatro anos seguintes.
Ainda há o agravante que o Hospital Regional Estadual atende diversas cidades da região de Bauru, uma população aproximada de um milhão e meio de pessoas.
O cidadão que também é eleitor é, de certa forma, corresponsável pela situação em que se depara na saúde. Ao votar sem pesquisar, sem consciência, levando apenas em conta a questão rasteira da ideologia, acaba colocando no poder seguidamente as mesmas figuras que não se importam com o povo, em especial os mais humildes, nem com a cidade e o Estado.
Elegem prefeitos desconectados da realidade da cidade e do país, gente ávida por poder, mas sem conhecimento mínimo de gestão pública, orçamento, finanças e isso vai se agravando a cada novo mandato.
A atual prefeita preside provisoriamente o Partido Social Democrático (PSD). Seu pai Dozimar Rosin é presidente do Partido Progressista (PP) e ao mesmo tempo comanda o Partido Social Cristão (PSC).
Seguramente, nos últimos 30 anos, a cidade de Bauru está vendo a saúde agonizar na UTI, sem chances de ter redução da demanda, possibilidade de atendimento rápido, com qualidade e segurança.
Não
adianta os eleitores dizerem que não tem alternativas, elas existem na cidade,
porém, na maior parte dependem não somente do voto dos eleitores, mas também da
indicação dos presidentes dos partidos. Estes são os verdadeiros culpados por
indicarem quem não tem capacidade e preferem fazer as coligações ao invés de
lançarem quem poderia resolver os problemas da cidade.
Autor: Rafael Moia
Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.
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