Cabe ao presidente da república determinar através da política econômica adotada em sua gestão quais serão as correções para estabelecer os valores do salário mínimo, corrigidos e divulgados anualmente.
Quando FHC entregou o governo em 2002, passando a faixa presidencial a Lula, o valor do mínimo era de R$ 200,00. Em quatro anos do primeiro mandato de Lula, o valor saltou de R$ 200,00 para R$ 350,00. Ou seja, em quatro anos houve um reajuste de 75% para o mínimo no país. Quando Lula terminou seu segundo mandato entregou a sua sucessora Dilma Rousseff o país com o salário mínimo de R$ 510,00. Conseguindo no período a correção de 155% em relação ao ano de 2002.
E quanto foi a evolução do salário mínimo na gestão que está terminando de Bolsonaro entre 2019 e 2022? Ele assumiu o país com o mínimo valendo R$ 954,00 e ao terminar sua gestão entrega o mínimo no patamar de R$ 1.212,00. Corrigiu em quatro anos o salário mínimo em apenas 27,4%.
Ou seja, não precisa ser economista para perceber a diferença brutal entre os dois governos. Um preocupado com o ganho real dos trabalhadores que recebem o salário mínimo e o outro que despreza justamente a maior parte dos que recebem salário no país.
Lula corrigiu em 155% o salário mínimo em oito anos. Jair corrigiu em apenas 27,4% em quatro anos.
Não é difícil entender o ódio da direita, do empresariado e do tal mercado financeiro, afinal de contas, privilegiar ou simplesmente respeitar os trabalhadores mantendo seu poder aquisitivo de compras não é o que os ricos desejam para os trabalhadores brasileiros.
O que estes querem é pagar salários baixos, reclamar que os trabalhadores não tem formação, não falam dois idiomas e outras bobagens. O empresariado quer na verdade condições análogas à escravidão, querem pagar apenas um salário mínimo e nenhum outro benefício.
Isso explica a aversão à esquerda e sua política de respeito às leis trabalhistas, a correção do salário mínimo com ganho real e suas políticas sociais inclusivas.
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