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13 de dezembro de 2025

Gestão da Prefeita em Bauru - 2021 a 2025 - Qual o legado?

Arte: Fernando Redondo - Jornalismo independente.

Enquanto a mídia bauruense dorme em berço esplêndido, alhures a tudo que acontece na gestão da prefeita Suellen, o tempo passa e nada acontece em favor da sociedade que recolhe tantos impostos. Claro que, os antecessores não foram nenhuma quinta maravilha do planeta, aliás, há 30 anos a cidade sofre nas mãos de gestores fracos.

A análise da atual gestão que começou em janeiro de 2021 e foi prorrogada com a reeleição da prefeita para novo mandato até 2028, é algo muito difícil de ser feito em virtude de que quase nada foi realizado neste período e o futuro não prevê nada diferente.

A falta d’água é culpa da estiagem todo ano, sendo que alternativas não foram criadas pela gestão. Um ou outro poço artesiano perfurado e entregue, porém, as promessas eram de que o problema de escassez nas torneiras seria solucionado, mas não foi nem será. O último ato foi a declaração de que a cidade buscará água no Rio Tietê. O eterno rio poluído por esgoto in natura por cidades como Bauru. Custo estimado R$ 1 bilhão de reais.

Se falamos em água lembramos do saneamento básico, onde ainda em 2021 a obra da Estação de Tratamento de Esgotos foi paralisada por ordem da prefeita. Obra custeada com recursos do governo federal em 2015, não concluída por Rodrigo Agostinho, Clodoaldo Gazzetta e abandonada por Suellen.

Tudo que foi investido e o pouco construído no local foi perdido por decisão errônea e controversa da prefeita. Anos depois surgiu na Câmara Municipal, comandada por Suellen e seus meninos, um projeto bilionário que incluía a conclusão da ETE + Obras de drenagem com um bônus da concessão do DAE ao vencedor.

Até o momento, essa licitação bilionária não conseguiu passar da intenção, visto que foi reprovada por incapacidade plena dos que a realizaram na ótica dos auditores do Tribunal de Contas do Estado – TCE/SP. A única coisa que não foi paralisada é a cobrança do Fundo de Tratamento de Esgoto – FTE nas contas de água e esgoto do DAE, conhecida como “CPMF” bauruense.

Ainda no saneamento, temos agora a realidade da privatização da Coleta do Lixo, que para surpresa de ninguém resultará em um novo imposto a ser cobrado (Taxa do Lixo) dos munícipes. A aprovação aconteceu em sessão extensa e conturbada da Câmara. Segundo o amigo Fernando Redondo: “O projeto foi empurrado em sessões exaustivas, madrugada adentro, com supressão do contraditório, esvaziamento das comissões, desprezo aos servidores técnicos e desconsideração da participação popular. A pressa não foi técnica. Foi política”.

O Resultado: 35 anos de concessão, taxa embutida e um futuro hipotecado. Aprovado por 11 votos contra 8, o projeto agora segue para sanção de Suéllen Rosim.

E com ele, segue também a previsão da taxa do lixo já embutida na Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO, como se a cidade fosse um reino medieval em que se paga tributo antecipado — antes mesmo de o soberano explicar para que servirá.

Junte-se a esse descalabro o fato de que não houve instalação do vídeo monitoramento como se previa, com sala equipada a disposição de policiais militares para exercerem o papel de barreira contra o crime.

Não foi modernizada a Estação de Tratamento de Água, permanecendo as mesmas bombas submersas de 30 anos atrás, prontas para darem interrupção ao fornecimento precário de água aos munícipes a qualquer momento.

O setor viário não recebeu uma nova avenida, um novo viaduto ou artéria para desafogar o trânsito crescente da cidade. Cidade sem obras, sem futuro.

E ainda temos a saúde pública com mortes de pacientes aguardando na fila por leitos hospitalares e de UTI. Pacientes que esperam anos para realizarem um simples exame de imagem. A prefeita prometeu em campanha eleitoral um hospital municipal e a solução do problema através do Hospital das Clínicas do Tarcísio. Nada aconteceu, nem a obra do suposto hospital, usado como estelionato eleitoreiro nem a ampliação do Hospital das Clínicas.

A única dúvida é se a prefeita irá ou não se aventurar ao cargo de deputada estadual/federal em outubro/2026, deixando o vice como prefeito e a família ávida por novo mandato na cidade. Impossível? Não, afinal com 40% de abstenções, votos nulos e brancos, tudo é possível, ainda mais com máquina administrativa nas mãos e religião a disposição. Oremos! 

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Acadêmico da ABLetras, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

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