Imagem Revista Piauí.
A mando do STF na figura do Ministro Dias Toffoli, finalmente a sociedade brasileira poderá ter acesso em breve aos desmandos promovidos pelo então Juiz Sérgio Moro e seus promotores subservientes. A Polícia Federal descobriu, durante busca e apreensão na 13ª Vara Federal de Curitiba, a prova documental de que o ex-juiz Sergio Moro grampeou autoridades com foro de prerrogativa de função usando delatores no Paraná.
O material apreendido pela PF, que inclui relatórios de inteligência cuja síntese a mídia teve acesso, estava omitido nas gavetas da Vara e traz a transcrição de escutas a desembargadores do TRF-4 e políticos com foro privilegiado, sustentando as queixas de delatores de que o ex-juiz os usava para monitorar autoridades fora de seu alcance legal.
Assim como desembargadores, o presidente do Tribunal de Contas do Paraná só poderia ser investigado mediante autorização do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A gravação ocorreu em fevereiro de 2005. Cinco meses depois, Moro determinou formalmente que o delator repetisse a tentativa de escuta.
Além desse material, a Polícia Federal apreendeu registros de gravações envolvendo desembargadores que integravam à época o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), responsável por revisar decisões da Justiça Federal no Paraná.
Hoje, 20 anos depois dos fatos ocorridos que mudaram as eleições de 2018, com a prisão irregular de Lula, favorecendo o candidato Bolsonaro, as prisões e o julgamento dos que planejaram um golpe de Estado tem os políticos desesperados clamando por anistia ou redução de penas. Os mesmos políticos e uma parcela significativa da grande mídia que vociferavam impropérios contra Lula, quando este estava preso, hoje pedem clemência ao líder golpista preso.
Uma boa parte da sociedade desinformada e despreocupada com a verdade, sempre perdida no seu preconceito contra a esquerda por esta ajudar aos pobres, chamou este juiz ladrão de “Herói”. Ele foi reverenciado em matérias, entrevistas e shows como um ícone da justiça.
Sergio Moro e seus promotores se achavam intocáveis, pensavam serem Eliott Ness na luta contra al Capone, quando na verdade eles eram os bandidos que além de pender Lula tinham o objetivo de desviar bilhões para um fundo criado exclusivamente para esta finalidade – enriquecimento ilícito.
A operação Lava Jato ou Lava Toga ou ainda Vaza Jato prejudicou a economia nacional, empreiteiras e custou milhões de empregos. Tudo orquestrado com os interesses americanos das grandes corporações que tinha interesse enorme no desmonte das empresas nacionais.
Um juiz que achava ser polícia, promotor e magistrado, marcou a história como um oportunista barato, que saltou da magistratura para um ministério contando como certa sua nomeação ao STF por Jair Bolsonaro. Foi enganado, traído e nem assim aprendeu a lição, permanece agora como Senador defendendo a direita aquilo que é indefensável, os crimes por eles cometidos.
Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Acadêmico da ABLetras, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.


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