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11 de fevereiro de 2025

A política é comparativa!

  

Presidente dos EUA, Donald Trump (Foto de REUTERS - Elizabeth Frantz).

A economia que move o mundo não depende apenas dos Estados Unidos, estamos aprendendo na prática.

As sanções econômicas de Donald Trump entrariam em vigor, não fosse um recuo estratégico, o que está sendo uma excelente oportunidade para ver como a imprensa trata o presidente norte-americano em comparação com o que faz com outros líderes considerados ruins ou inadequados. Ou até ditadores, segundo a imprensa nativa. De qualquer forma, o silêncio em face das primeiras conversas com Nicolás Maduro já fala por si.

A economia que move o mundo não depende apenas dos Estados Unidos, estamos aprendendo na prática. A China já deu seus recados para evidenciar até onde vão os limites do fascista norte-americano empoderado. Estica-se a corda para mostrar poder, mesmo que tudo fique como está, pois é a estratégia da extrema direita a criação de conflitos para iludir que foram solucionados. Por outro lado, simples bravatas não são, pois fazem parte de um plano de diversionismo da extrema direita, reafirmo. Muitas disputas simultâneas para fazer crescer a qualquer custo na população a dúvida de que tudo está realmente errado. Não é por menos que um grupo de influenciadores notadamente divulgadores de teorias da conspiração atuará junto ao Pentágono, a sede do poder militar dos EUA. E, assim, vamos invadir a Groenlândia, o Canadá, o Canal do Panamá e, agora até Gaza entrou no radar. Daqui a pouco serão a Zâmbia e Timor Leste os próximos objetos expansionistas. Um conjunto de disparates, mas que continuam a chamar a atenção e provocar reações, mesmo de quem aparentemente nada tem a ver com o neo governo norte-americano. Mas ele só quer a Áustria, quer dizer, o Canadá, afinal de contas, as origens e a língua são semelhantes. Mas ele só quer os Sudetos, quer dizer, o Canal do Panamá, espaço vital para sua economia. Mas ele só quer a Polônia, quer dizer, a Groenlândia, necessária para minérios e limite de proteção contra a Rússia. Mas ele joga judeus fora, quer dizer, palestinos, pois são inimigos do povo. Os símbolos mudam, mas os signos continuam: um bigodinho trocado pelo topete loiro.

Autor: Professor Adilson Roberto Gonçalves – Pesquisador Científico em Campinas – SP. Publicado no Site Brasil 247.

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