Imagem Voz da Serra.
Um estudo recente realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança detectou um déficit gigantesco de 180 mil policiais militares e de 55 mil policiais civis no Brasil. Enquanto, em contrapartida, as organizações criminosas crescem, se modernizam e possuem armas que os policiais não têm para o combate à criminalidade. Um círculo vicioso que não tem fim. Esse é um dos motivos mais significativos pelo qual a sociedade não vê redução da criminalidade nas ruas.
As duas forças policiais estão operando com cerca de 69,3% e 63% das vagas previstas, segundo informações das corporações dos estados e do Distrito Federal. Ao todo, o país tem 404.871 PMs e 95.908 policiais civis.
É o que mostram dados do Raio X das Forças de Segurança Pública no Brasil, divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. É inaceitável que os governos estaduais e o federal permitam essa situação que mantém a população refém da marginalidade das organizações criminosas no país.
Em São Paulo, no maior estado da nação, o déficit das polícias civil, militar e rodoviária chega perto de 40 mil de seus efetivos. Nas eleições, os governadores usam a palavra segurança pública, mas depois de eleitos, somente eles conseguem ter segurança.
Inexiste informatização no sistema policial. Inexiste troca de informações online entre as polícias civil e militar. A tecnologia existe, porém, está longe de ser utilizada de forma inteligente em favor da sociedade. Em países desenvolvidos, a ficha de um criminoso que está nas ruas ou preso é compartilhada entre todas as forças policiais do país.
O Brasil tem aproximadamente 202 milhões de habitantes e uma força policial de 404 mil indivíduos. O que significa algo em torno de 0,002%. Para um país atrasado, que não investe em educação, não respeita seus professores e tem um sistema penitenciário arcaico, podemos deduzir qual o nosso futuro. Ou, ainda, se teremos futuro...
Na contramão dessa
situação, vemos o Primeiro Comando da Capital (PCC), que no início atuava
apenas na capital paulistana, hoje domina o crime organizado em quase todo país
e tem tentáculos fora dele também.
Autor: Rafael Moia
Filho – Escritor, Acadêmico da ABLetras, Blogger, Analista Político e Graduado
em Gestão Pública.
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