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1 de março de 2024

Como garantir segurança se as forças policiais estão encolhendo?

  

Imagem Voz da Serra.

Um estudo recente realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança detectou um déficit gigantesco de 180 mil policiais militares e de 55 mil policiais civis no Brasil. Enquanto, em contrapartida, as organizações criminosas crescem, se modernizam e possuem armas que os policiais não têm para o combate à criminalidade. Um círculo vicioso que não tem fim. Esse é um dos motivos mais significativos pelo qual a sociedade não vê redução da criminalidade nas ruas.

As duas forças policiais estão operando com cerca de 69,3% e 63% das vagas previstas, segundo informações das corporações dos estados e do Distrito Federal. Ao todo, o país tem 404.871 PMs e 95.908 policiais civis.

É o que mostram dados do Raio X das Forças de Segurança Pública no Brasil, divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. É inaceitável que os governos estaduais e o federal permitam essa situação que mantém a população refém da marginalidade das organizações criminosas no país.

Em São Paulo, no maior estado da nação, o déficit das polícias civil, militar e rodoviária chega perto de 40 mil de seus efetivos. Nas eleições, os governadores usam a palavra segurança pública, mas depois de eleitos, somente eles conseguem ter segurança.

Inexiste informatização no sistema policial. Inexiste troca de informações online entre as polícias civil e militar. A tecnologia existe, porém, está longe de ser utilizada de forma inteligente em favor da sociedade. Em países desenvolvidos, a ficha de um criminoso que está nas ruas ou preso é compartilhada entre todas as forças policiais do país.

O Brasil tem aproximadamente 202 milhões de habitantes e uma força policial de 404 mil indivíduos. O que significa algo em torno de 0,002%. Para um país atrasado, que não investe em educação, não respeita seus professores e tem um sistema penitenciário arcaico, podemos deduzir qual o nosso futuro. Ou, ainda, se teremos futuro...

Na contramão dessa situação, vemos o Primeiro Comando da Capital (PCC), que no início atuava apenas na capital paulistana, hoje domina o crime organizado em quase todo país e tem tentáculos fora dele também.

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Acadêmico da ABLetras, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

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