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11 de fevereiro de 2023

Difícil acreditar que este país um dia possa dar certo!

Difícil acreditar que o Brasil um dia vai dar certo como Nação. A questão é matemática. Quantas bibliotecas foram inauguradas na última década e quantas igrejas evangélicas, quantos clubes de tiro? Quantos livros em média um adolescente lê ao ano? Quando voltamos nossos olhares para a área de educação e cultura, o que enxergamos é muito penoso. 

O caso da falência e fechamento da charmosa Livraria Cultura na região da avenida Paulista soma-se a tantas outras redes de livrarias que sumiram nos últimos anos e, tristemente, não foram por conta de concorrência do mundo digital não... triste ler e saber que isso é recorrente!

 Temos cada dia menos bancas de jornais e revistas no país, fruto de uma mudança comportamental que não beneficia ninguém. A atual geração não lê, embora tenha substituído em tese os jornais e revistas pelos aparelhos eletrônicos (Celular, Tablet, etc.) nestes, não há leitura, mas sim, inserções em um mundo de futilidades absolutas.

Quando foi lançado no país o Kindle, aparelho que possibilita a leitura de livros, revistas e textos de forma digital, pensei na época que seria uma revolução que estava chegando para ficar. Porém, estava enganado, não encontramos no transporte público, nas ruas, e nas casas jovens lendo através deste aparelho.

O Brasil caminha para trás, celeremente, e temos um combo perfeito que justifica esse atraso e o quadro em que nos encontramos:

1º Classe política predadora, desonesta e completamente alhures aos destinos da nação;

2º Uma sociedade que não leva nada a sério, não se informa, não lê, não vota corretamente e de forma consciente, elegendo sempre os algozes e não os bons candidatos;

3º Religiões que dominam em especial os mais pobres, com suas doutrinas que ajudam a afastar o cidadão da ética, cidadania e respeito. Para piorar, nos últimos vinte anos essas religiões resolveram se imiscuir na política, formando bancadas para disseminação de ódio, atraso e corrupção no Congresso Nacional, Assembleias legislativas e Câmara municipais do país.

4º Pedir educação de qualidade é remar no deserto. Não há nenhum movimento no sentido de exigir que o governo federal e os estaduais invistam recursos na modernização das escolas, no treinamento e fundamentalmente na mudança completa no currículo escolar, saindo da idade média e avançando para o século XXI.

5º Diante de tudo isso, com pessoas desinteressadas, alhures das responsabilidades que permeiam nossa existência, sem educação de qualidade, tudo se torna um enorme círculo vicioso, onde a cada quatro anos mudam-se alguns nomes e a tragédia continua.

Enquanto no exterior, em especial nos países do chamado primeiro mundo, a educação é voltada para as necessidades do país, trabalhando em conjunto para a formação de pessoas capacitadas para brilhar e ao mesmo tempo dar retorno ao país, aqui formamos desempregados.

Nossa indústria está atrasada 30 anos no mínimo, nosso parque industrial é obsoleto, não produzimos nada referente a alta tecnologia, apenas manufaturados. Nossas riquezas não são fator diferencial, mas sim, servem de moeda de troca para politicalhas que envolvem empresários e políticos.

Nem o nosso rico meio ambiente escapa das mãos sórdidas de políticos insignificantes como Bolsonaro, Ricardo Salles, entre outros vendilhões, que deixam a “boiada passar” e com ela permitiram que fosse levados milhares de hectares de florestas, matas e terras indígenas.

Com tudo isso, levando em conta o que não caberia no texto, como poderíamos acreditar num futuro diferente, vitorioso e pleno da nossa gente?

 

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

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