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10 de fevereiro de 2023

Crianças, idosos, indígenas e mulheres correm perigo de vida no Brasil!

Quem chega ao Brasil ou está de passagem percebe que temos milhares de leis para supostamente proteger a sociedade. Temos ainda o Estatuto da Criança, Estatuto do Idoso, Lei Maria da Penha e os indígenas protegidos pela Constituição em áreas previamente demarcadas.

Porém, no cotidiano nada disso resolve, reduz ou protege essas pessoas de diferentes idades, sexo e origem. Nunca se matou tantas mulheres como estamos vendo nos últimos dez anos no país. Motivos fúteis, covardes, pelo simples fim de um relacionamento de namoro ou casamento o parceiro atira e mata, inclusive na frente de filhos menores.

Os idosos têm estatuto, têm passaportes no transporte, leis e muito mais, porém, são agredidos, maltratados e até mortos por criminosos que, em algumas situações, são da própria família.

As crianças, assim como as mulheres, possuem estatuto para protegê-las, leis e muitos cuidados que nem sempre são suficientes para evitarem a ação de pedofilia que também brota dentro das próprias famílias no território nacional.

Os indígenas, que viveram muitos anos em paz dentro de seus territórios demarcados pelo Supremo Tribunal Federal, nos últimos seis anos perderam a paz e a tranquilidade, com a chegada de latifundiários, garimpeiros ilegais e a extração de madeiras ilegais em solo indígena. Para isso, a extrema direita capitaneada por Jair Messias facilitou promovendo o desmonte dos órgãos de fiscalização, como o Ibama, por exemplo.

O sistema policial brasileiro tem tanto a polícia militar como a civil comandadas pelos governadores de Estados. Estes não contratam policiais porque não querem inflar suas folhas de pagamento, dando preferência à contratação de aspones, aliados, parentes e todo tipo de vagabundos que não interessam a sociedade.

Os impostos aumentam anualmente, porém, não tem recursos para contratar policiais, médicos e professores nos Estados brasileiros. A impunidade é crescente, uma espécie de vírus mortal que não tem cura neste país.

Como então proteger mulheres, crianças, idosos e a comunidade indígena se tanto os Estados como o governo federal não investem na proteção, segurança e medicina para todos? Pagamos mais de R$ 2 trilhões em impostos por ano para que os políticos mantenham a estrutura pesada, lenta e cheia de imperfeições ao invés de termos o retorno em obras e serviços de qualidade que pudessem atender a todos igualmente.

Podemos ter dois tipos de ações em relação a tudo isso: ou reagimos e cobramos com firmeza os governos estaduais, federal e o Congresso ou assumimos que o Brasil não tem jeito, desde os tempos em que indígenas trocavam suas terras por presentes (propinas originárias), conforme sempre me disse o amigo Rui Carvallio.  

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

Um comentário:

Maria Angélica disse...

Nunca foi fácil ser criança, mulher e idoso nesse país. Depois do desmonte das instituições nos últimos anos, podemos acrescentar os indígenas, nessa selvageria sem fim em que transformaram o Brasil. O pior de tudo é ver que poucos vêem uma luz no fim do túnel, pois até denunciar é muito difícil por aqui. A vítima sempre tem algo a provar, é desacreditada e, muitas vezes, humilhada.