Ao invés de investir em seu território, o Japão emprestou R$ 390 milhões para o Estado de São Paulo poder aprofundar a calha do rio Tietê. Sendo assim, o Brasil, quando tem presidente no comando e este pensa longe, fora das esquadrilhas da ideologia rasteira, assim como outros países, pode financiar obras de outras nações. E por que isso é bom para a indústria e para a nossa economia?
Recentemente, em sua primeira visita ao exterior, o presidente Lula disse que o BNDES poderia financiar obras na Argentina. Isso gerou uma chuva de desinformações e muito chororô por parte da extrema direita.
Porém, o que poucos sabem, porque se furtam a ler e pesquisar, é que quando o banco empresa dinheiro, o Brasil ganha duas vezes.
1º: Ganha com o recebimento dos juros dos empréstimos;
2º A indústria nacional e o povo brasileiro também ganham, porque no financiamento é exigido a contratação de empresas, equipamentos e produtos brasileiros.
O BNDES não financia outros países como os desinformados e maledicentes dizem, mas sim as empresas nacionais. O financiamento é feito para que nossas empresas exportem e gerem empregos aqui no Brasil.
Isso não apresenta riscos, pois acordos têm garantias, seguros e há uma larga tradição de receber o que foi emprestado. Usar os mecanismos de fomento do Estado para fortalecer a indústria brasileira é ato de patriotismo, inteligência e civilidade, ao contrário de quem passa quatros anos fazendo motociatas, enquanto ofende presidentes de países vizinhos por questões ideológicas.
Com essa prática, exportamos conhecimento, matéria-prima, força de trabalho e, assim, fortalecemos nossa imagem, credibilidade e liderança no exterior. Como o exemplo inicial com o Japão demonstra, essa prática é realizada por diversos países no mundo em que vivemos.
Para se ter uma pequena ideia, um banco japonês foi responsável por 75% dos investimentos em obras no rio Tietê em São Paulo, através de um acordo comercial firmado entre o governo do Japão e o Programa Estadual de Combate as inundações na região metropolitana de SP.
Como resultado:
1º: O Japão recebeu seus recursos de volta como juros e correção estabelecidas em contrato;
2º: Usou máquinas da Komatsu, uma empresa japonesa;
3º: Exportou conhecimento para o mundo.
A limpeza e aprofundamento da calha do rio Tietê do outro lado do mundo gerou empregos para o país do oriente.
Portanto, antes de falar sem saber, procure se informar corretamente nas fontes sérias sobre os assuntos. Disseminar ou espalhar fake news é crime.
Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.
Um comentário:
Ótima matéria. Esclarecedora. E pelo menos na proposta atual havera exigências de garantias. O problema, ou melhor, o barulho, surge porque antes de se informar em fontes sérias, muitos saem opinando sem saber e, consequentemente, disseminando "fake news", que é crime. Muitos, intencionalmente, para desviar a atenção dos assuntos em pauta quando comprometem a bolha na qual vivem.
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