Seguidores

23 de agosto de 2022

Tem eleitor precisando de oftalmologista!

             Antes das eleições de 2018, era necessária uma pesquisa referente a sua carreira no Exército (curta) e na Câmara Federal (27 anos), para auferir em detalhes quem era aquele Bolsonaro, candidato por um partido pequeno e insignificante que queria ser presidente da república. Quem fez as pesquisas não votou nele e ficou quatro anos com a consciência em paz.

Passados quase quatro anos, temos nova eleição em 2022. Hoje essa pesquisa seria desnecessária, afinal de contas, os dados, fatos estão por demais vivos nas mentes de todos. A hora agora é de julgamento sobre as promessas não cumpridas de 2018, sobre a gestão de 2019/2022 e tudo que aconteceu durante este período no país.

Antes de 2018, haviam denúncias sobre a funcionária fantasma Wal do Açaí que nunca pisou em Brasília e mora até hoje em Angra dos Reis. Também já havia os casos de rachadinha nos gabinetes do então deputado federal e do seu filho Flávio, que era deputado estadual pelo RJ. O operador dos esquemas era o amigo da família Fabrício Queiroz, um ex-policial militar que comandou todo esquema de rachadinhas, funcionários fantasmas e ajudou o clã a amealhar uma fortuna. Todos os delegados da PF         que ousaram investigar e chegar perto dos crimes foram afastados, exonerados ou mudaram de cidade.

Ficou muito claro que o esquema envolvia toda família, desde as duas ex-esposas até a atual, a primeira dama Michelle. Esta recebeu vários cheques enviados por Queiroz. Um deles ficou famoso no país, pelo valor de R$ 89 mil e principalmente por nunca ter havido uma explicação plausível a sociedade ou a polícia.

Depois de eleito, os casos de suspeita de corrupção, desvio, improbidade cresceram vertiginosamente, em especial quando o presidente alugou o governo ao Centrão. Os casos começaram a pipocar por todos os lados. Vejamos alguns destes que normalmente os eleitores cativos fingem não ver:

1.           Escândalo da Vacina Covaxin;

2.           Bolsolão do MEC;

3.           Orçamento Secreto;

4.           Esquema dos tratores;

5.           Escolas Fake no Piauí;

6.           Esquema de superfaturamento na compra de ônibus escolares;

7.           Cartão corporativo gastando milhões sem comprovação e sem transparência por parte do presidente;

8.           Propina da Secom;

9.           Escândalo do asfalto;

10.       Compra de mansão pelo filho Flávio em DF sem lastro financeiro comprovado;

11.       Corrupção na Codevasf;

12.       Escritório do Ódio comandado pelo filho Carlos dentro do Palácio do Planalto, numa clara afronta à sociedade;

13.       Patrimônio do clã sub indo mais que foguete da NASA;

14.       Participação de Pastores sem serem concursados ou comissionados no MEC, desviando recursos para prefeitos;

15.       Incitação via Lives e redes sociais pelo presidente contra as urnas eletrônicas, sistema eleitoral e o STF, propondo tacitamente um golpe contra a nossa democracia;

16.       Desde 2018, presidente, filhos, ministros, aliados continuam usando do esquema criminoso de disparos de Fake News, principalmente contra adversários na eleição e ministros do STF;

17.       Nunca um presidente, nem os militares impuseram a sociedade sigilos de 100 anos para quaisquer assuntos do governo ou de sua família.

O brasileiro costuma, em geral, reclamar o tempo inteiro da nossa classe política, no entanto, vota sem consciência, não acompanha, fiscaliza ou cobra os eleitos. Este motivo faz com que os partidos e políticos deitem e rolem sem se preocuparem com as cobranças da sociedade. A lista acima é de conhecimento de todos, portanto, é preciso que os eleitores não façam vistas grossas e exerçam seu direito.

Sem contar que nestes quatro anos, não houve avanço social, nem redução considerável do desemprego, melhoria salarial, correção do salário mínimo compatível com a inflação, obras de infraestrutura pelo país, educação de qualidade ou saúde para todos.

Isso mostra que votar é fácil, simples, basta pesquisar, comparar e decidir. Depois vem o mais importante, acompanhar as decisões, fiscalizar e cobrar fortemente os que forem eleitos nos diversos cargos das eleições gerais. Nosso problema não é ligado a ideologia, mas sim a caráter, honestidade, capacidade de gestão e cumprimento das metas prometidas.

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

Nenhum comentário: