A campanha eleitoral de Jair em 2018 foi calcada quase que 100% em cima de mentiras espalhadas à exaustão pelos disparos criminosos de agências contratadas para levar a mensagem falsa aos eleitores. As famosas fake news ao lado da facada fake, fuga dos debates e do apoio dos empresários e demais setores do mundo financeiro nacional deram resultado e o Jair foi eleito.
O seu parco programa de governo que se intitulava “O caminho da prosperidade”, algo que seus eleitores nunca leram e desconhecem até os dias atuais, é um arremedo de propostas que contém coisas que um bom aluno do terceiro ano do ensino médio teria feito de forma melhor e com mais conteúdo.
Exalta as cores verde amarelo, incita o ódio aos partidos de esquerda, porém, não produz nada que possa servir de parâmetro e nos guiar por um caminho de progresso, desenvolvimento e crescimento econômico e social.
A parte destinada a Educação, contendo sete páginas, com muitos gráficos, mentiras e bobagens ideológicas sem qualquer sentido prático. Um apanhado de palavras que não dizem nada sobre nada, uma apologia a mentira e a desfaçatez.
Começa dizendo que: “Conteúdo e método de ensino precisam ser mudados. Mais matemática, ciências e português, SEM DOUTRINAÇÃO E SEXUALIZAÇÃO PRECOCE. Além disso, a prioridade inicial precisa ser a educação básica e o ensino médio/técnico”.
Depois de 3 anos e oito meses de governo, nem Jair nem os seus cinco ministros que ocuparam a pasta do MEC realizaram algo que pudesse nos provar que houve mudanças no ensino básico, médio e superior. Não havia doutrinação como dizia na sua proposta, porém, hoje a única coisa que efetivamente mudou no MEC é que aquele ministério foi entregue aos amigos pastores que mesmo sem serem concursados ou terem cargos de comissão desviaram recursos do FNDE para prefeitos aliados, num escândalo de corrupção que causa vergonha e asco, porém, como tudo neste governo não foi devidamente apurado e levado a julgamento.
Não foi inaugurada nenhuma Universidade no país neste período nefasto de governo. Porém, Jair fez questão de colocar evangélicos nos cargos de reitoria, mesmo que o candidato fosse o último da lista tríplice da universidade.
O Centrão tem a chave dos cofres do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), fazendo licitações superfaturadas de forma escandalosa com desvio de milhões da educação.
Nenhum projeto educacional foi proposto nem ao menos discutido no país. Nenhuma discussão sobre conteúdo programático foi levada a sério neste governo. Como a premissa de Jair era que os professores eram “doutrinadores” de esquerda, algo imbecil e completamente sem provas ou evidências, não poderíamos esperar que o piso salarial dos professores fosse ser alterado e os mesmos tivessem o respeito que merecem por sua profissão.
Quatro anos depois, nova eleição geral, e o presidente da república não tem nada para falar da educação, porque neste período além de demitir quatro ministros da pasta, interferir na PF para que delegados fossem afastados por justamente investigar seus aliados, seus filhos e ele próprio, nada mais pode ser considerado.
Seu legado na educação e na gestão como um todo são suas mentiras, bravatas, motociatas e o fato de que fez campanha eleitoral durante todo período em que deveria estar trabalhando pelo país.
Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.
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