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27 de agosto de 2022

A entrevista!

Alguns brasileiros estão reclamando dos apresentadores do Jornal Nacional achando que foram muito duros com o candidato à reeleição Jair Bolsonaro na última segunda-feira, 22 de agosto. Estes com certeza esqueceram algumas coisas antes de se doerem pelo candidato, como por exemplo:

1.           Se a Globo tivesse perguntado sobre a gestão, como Educação, Saúde, Habitação, Obras, seria um desastre, visto que nada foi feito pelo candidato em quatro anos;

2.           Esqueceram como foi a entrevista do então candidato Fernando Haddad em 2018, aquilo sim foi uma entrevista ríspida, cheia de intenções de derrubar o postulante à presidência à época;

3.           Como o candidato Bolsonaro tratou a Rede Globo e os jornalistas nestes quatro anos? Agora querem tapete vermelho? De repente ficaram sensíveis e suscetíveis a perguntas mais duras?

4.           Naquela mesa o sujeito não é presidente, mas sim candidato à reeleição, portanto, deverá se submeter e responder as perguntas como os demais postulantes ao cargo, sem favorecimentos;

5.            Os apresentadores foram muito bonzinhos. Não perguntaram sobre:

a.              Enriquecimento da família nos últimos anos;

b.              Esquemas de corrupção dentro do governo (MEC, Codevasf, Escolas FAKE, Orçamento Secreto);

c.              Os cheques que a primeira dama recebeu do Queiroz;

d.              O sigilo de 100 anos imposto aos gastos com cartão corporativo;

e.              A completa ausência de transparência no governo com o descumprimento da Lei 12.527/11;

f.                O motivo da coincidência da exoneração de delegados da PF que investigam seus filhos.

 

São muitas as perguntas sem respostas que poderiam ter sido formuladas ao candidato, mas que a emissora deixou passar. Reclamação é sinônimo de cegueira absoluta, coisa de quem tem político de estimação, afinal de contas nos últimos quatro anos o Jair passeou em motociatas, tirou férias duas vezes por ano, ofendeu jornalistas, deu as costas aos brasileiros na pandemia, incentivou o uso de cloroquina mundialmente reconhecida como ineficiente ao tratamento, enquanto mais de 680 mil brasileiros morriam da doença.

Não tem legado, exceto se mentiras forem consideradas para efeito de trabalho realizado. Porque nunca alguém mentiu tanto como Bolsonaro. Suas lives e entrevistas são recheadas de fake news, inclusive no Jornal Nacional mesmo ele mentiu várias vezes. Agora se mesmo assim, o eleitor quer continuar com um mentiroso no poder sem que ele faça nada, está certo. Agora terá de conviver mais quatro anos com inflação, preços altos, desfaçatez e mentiras. Boa sorte!

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

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