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1 de julho de 2022

O show de horrores!

 A partir do momento que o político Arthur Lira, candidato apoiado pelo palácio do planalto venceu a eleição para ser o presidente da Câmara Federal, formou-se uma dupla que atua sempre no firme propósito de aprovar decretos, emendas e leis que não são favoráveis ao país.

No que tange aos aumentos dos combustíveis eles brincam com a sociedade tentando de todas as formas desviar o foco daquilo que realmente interessa. Ou seja, os aumentos são resultados de uma política de preços definida pelo governo federal em 2016, após o golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), política mantida por Bolsonaro, mas jamais assumida publicamente.

Por essa política, a Petrobras cobra pelo combustível vendido ao brasileiro como se tudo fosse importado, como se fôssemos um país completamente dependente – mas não somos. A Petrobras exporta petróleo cru e importa uma parcela dos derivados que nós precisamos. Esse montante representa em torno de 20% da nossa demanda. Porém, todos esses derivados são cobrados como se nós importássemos 100%.

Arthur Lira (PP/AL) é político conhecido dos tribunais e da justiça. Há 14 anos, em 2008, Lira já havia sido preso por obstrução da justiça. Foi afastado da Assembleia Legislativa de Alagoas, por seu envolvimento na Operação Taturanas, acusado de desviar R$ 280 milhões do legislativo.

Em 2011, ainda como deputado estadual, a Justiça determinou seu afastamento, bloqueio de bens decorrentes ainda da Operação Taturana.

Em 2012, Arthur Lira foi condenado pela 17ª Vara Cível de Maceió em uma ação civil de improbidade administrativa pelo mesmo caso. Arthur era primeiro secretário da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Alagoas e teria manipulado a folha de pagamento, fazendo descontos indevidos de cheques da Assembleia. No entanto, como sempre, recorreu da condenação.

No ano de 2015, a PGR através de seu presidente Rodrigo Janot, apresentou denúncias ao STF contra o agora deputado federal Arthur Lira e seu pai, senador Benedito de Lira, por envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras investigado pela Operação Lava Jato. Nas denúncias, Janot pede a condenação dos dois pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

         Percebemos nitidamente três fatos neste processo: 1º Apesar das condenações o político saiu de deputado estadual e foi eleito federal, sem que a Lei da Ficha limpa ou quaisquer movimentos do TSE o impedissem. 2º Família unida na corrupção sempre estará unida na impunidade. 3º ao contrário do que pregam os alienados, boa parte dos condenados na Lava jato estiveram e estão ao lado de Bolsonaro. E neste caso, Lira, envolvido no escândalo dos desvios da Petrobras, empresa que hoje sofre com as críticas por aumentos de preços... é atacada justamente pelos seus algozes. 

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

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