A dívida
acumulada do Agronegócio é de aproximadamente 15 bilhões, não milhões como está
circulando nas redes sociais. Pegaram financiamentos nos bancos oficiais,
faturaram alto com exportações surfando com o dólar nas nuvens e agora querem
refis privilegiado para pagar a dívida sem juros.
Planalto
e aliados de Bolsonaro no Senado planejam renegociação de dívidas do agronegócio.
A proposta contempla abatimento de 100% dos juros e suspensão do leilão de bens
dos devedores, sendo que o setor acumula R$ 15 bilhões de dívidas aos bancos
públicos.
É
maracutaia verde-amarela com azul e branco. O maior encilhamento da nossa história.
Capitaneados pelo Centrão e por Jair Bolsonaro vão cobrar agora a fatura das
eleições de 2018 e o apoio dado até o momento ao presidente.
Toda vez
que o andar de cima se afoga em dívidas e tem problemas para honrar empréstimos
e pagamentos ao tesouro, algum deputado ou senador logo aparece com a salvação
na forma de “Refis”. Normalmente ao contrário do que seria para o andar de
baixo, esses refis tem 240 parcelas no mínimo e sem juros e correção monetária.
Isso
ajuda a entender porque até cavalgadas na cidade de Bauru o Agronegócio
promoveu para “apoiar” Bolsonaro, que nunca precisou de apoio, visto que foi
eleito, está no poder e nunca foi ameaçado enquanto presidente.
A
Febraban iria fazer um protesto em conjunto com a Fiesp (Pato amarelo) e recuaram
depois de colherem 200 assinaturas de pesos pesados da nossa economia. Talvez
tenham percebido que o Mito é de barro, que não gosta de trabalhar, não cumpriu
metas nem promessas de campanha e ainda por cima quer dar um golpe na
democracia que eles dizem defender.
Nesse
momento me lembro dos incautos com político de estimação se arvorando com medo
de comunismo, sistema que nunca esteve presente na república brasileira desde
1889. Usam isso sempre que o candidato da direita começa a fazer água e afundar
nas pesquisas.
Esse foi
o mote dos militares para dar um golpe e implantar uma ditadura por longos e
tenebrosos vinte e um anos. Agora o discurso mentiroso voltou nas redes
sociais, no whatsapp e nas conversas entre bolsonaristas desesperados com a iminente
derrota.
O governo
de Bolsonaro é tão fraco, que circula no próprio planalto o medo de uma derrota
no primeiro turno, com o “Mito” ficando fora da eleição em seu segundo turno.
Até Cabo Daciolo tem chances reais contra essa fraude de presidente, com um
governo cujo legado é a destruição da cultura, da economia, da volta da
inflação, dos preços descontrolados e de uma proximidade promíscua com a
corrupção do Centrão. Que legado esse presidente deixará? Nenhum.
O Agro
não é pop e tem nas suas costas a destruição de matas, floresta, cerrado e
pantanal para bancar área de cultivo de soja. Para azar ainda maior, o
presidente em sua delirante estupidez abriu fogo desde o início de governo
contra a China, maior parceiro comercial do Brasil e grande parceiro do
Agronegócio. Sua verborragia rasteira e fútil tem preocupado e muito os grandes
empresários que sabem o quanto demorou e custou para conquistar o mercado
chinês e asiático.
Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.
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