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1 de setembro de 2021

O lado obscuro do Agronegócio!

A dívida acumulada do Agronegócio é de aproximadamente 15 bilhões, não milhões como está circulando nas redes sociais. Pegaram financiamentos nos bancos oficiais, faturaram alto com exportações surfando com o dólar nas nuvens e agora querem refis privilegiado para pagar a dívida sem juros.

Planalto e aliados de Bolsonaro no Senado planejam renegociação de dívidas do agronegócio. A proposta contempla abatimento de 100% dos juros e suspensão do leilão de bens dos devedores, sendo que o setor acumula R$ 15 bilhões de dívidas aos bancos públicos.

É maracutaia verde-amarela com azul e branco. O maior encilhamento da nossa história. Capitaneados pelo Centrão e por Jair Bolsonaro vão cobrar agora a fatura das eleições de 2018 e o apoio dado até o momento ao presidente.

Toda vez que o andar de cima se afoga em dívidas e tem problemas para honrar empréstimos e pagamentos ao tesouro, algum deputado ou senador logo aparece com a salvação na forma de “Refis”. Normalmente ao contrário do que seria para o andar de baixo, esses refis tem 240 parcelas no mínimo e sem juros e correção monetária.

Isso ajuda a entender porque até cavalgadas na cidade de Bauru o Agronegócio promoveu para “apoiar” Bolsonaro, que nunca precisou de apoio, visto que foi eleito, está no poder e nunca foi ameaçado enquanto presidente.

A Febraban iria fazer um protesto em conjunto com a Fiesp (Pato amarelo) e recuaram depois de colherem 200 assinaturas de pesos pesados da nossa economia. Talvez tenham percebido que o Mito é de barro, que não gosta de trabalhar, não cumpriu metas nem promessas de campanha e ainda por cima quer dar um golpe na democracia que eles dizem defender.

Nesse momento me lembro dos incautos com político de estimação se arvorando com medo de comunismo, sistema que nunca esteve presente na república brasileira desde 1889. Usam isso sempre que o candidato da direita começa a fazer água e afundar nas pesquisas.

Esse foi o mote dos militares para dar um golpe e implantar uma ditadura por longos e tenebrosos vinte e um anos. Agora o discurso mentiroso voltou nas redes sociais, no whatsapp e nas conversas entre bolsonaristas desesperados com a iminente derrota.

O governo de Bolsonaro é tão fraco, que circula no próprio planalto o medo de uma derrota no primeiro turno, com o “Mito” ficando fora da eleição em seu segundo turno. Até Cabo Daciolo tem chances reais contra essa fraude de presidente, com um governo cujo legado é a destruição da cultura, da economia, da volta da inflação, dos preços descontrolados e de uma proximidade promíscua com a corrupção do Centrão. Que legado esse presidente deixará? Nenhum.

O Agro não é pop e tem nas suas costas a destruição de matas, floresta, cerrado e pantanal para bancar área de cultivo de soja. Para azar ainda maior, o presidente em sua delirante estupidez abriu fogo desde o início de governo contra a China, maior parceiro comercial do Brasil e grande parceiro do Agronegócio. Sua verborragia rasteira e fútil tem preocupado e muito os grandes empresários que sabem o quanto demorou e custou para conquistar o mercado chinês e asiático.

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

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