Durante a pandemia o governo Bolsonaro criou um gabinete paralelo para divulgar, induzir e espalhar fake news sobre tratamento precoce contendo medicamento inócuos para combater o vírus da covid-19. Médicos, pseudocientistas bolsonaristas entraram na onda fizeram diversos vídeos induzindo as pessoas a acreditarem em Hidroxicloroquina, Ivermectina, Azitromicina e até ozônio como se estes remédios fossem resolver o problema da pandemia.
Com a instalação da CPI no Senado, descobriu-se o mais grave crime cometido pelos bolsonaristas. O plano de Saúde Prevent Senior virou alvo após denúncias sobre uma possível pressão para que os médicos conveniados prescrevessem aos seus pacientes medicamentos para tratamento precoce contra covid-19, sem eficácia comprovada cientificamente.
A empresa teria ocultado mortes de pacientes que participaram de um estudo que testou a eficácia da hidroxicloroquina, associada à azitromicina, para tratar a covid-19. O estudo foi apoiado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).
Utilizar de um hospital e um plano de saúde como campo de teste e estratégias estapafúrdias, enlouquecidas, que não tinham nenhum respaldo científico e conexão direta com o gabinete da presidência da República, sob ponto de vista de divulgação desses dados falsos. Para validar teorias, insistir na cabeça das pessoas que era possível fazer um tratamento preventivo precoce, que, segundo relatos, até hoje essa instituição promove.
Essa verdadeira ação nazista que lembrou os campos de concentração onde médicos (monstros) alemães faziam experiências com os judeus, precisa ser devidamente apurada e colocar os envolvidos na prisão.
No decorrer dos trabalhos da CPI da Covid a comissão do senado recebeu um dossiê com uma série de denúncias de irregularidades, elaborado por médicos e ex-médicos da Prevent. O documento informa que a disseminação da cloroquina e outras medicações foi resultado de um acordo entre o governo Bolsonaro e a Prevent. Segundo o dossiê, o estudo foi um desdobramento do acordo.
As investigações apontaram que a declaração de óbito da mãe do empresário Luciano Hang, Regina Hang, "foi fraudada". Hang é apoiador de Jair Bolsonaro e incentivador do chamado "tratamento precoce", composto por medicamentos sem eficácia comprovada ou contraindicados para tratar a doença.
Segundo os médicos, a suposta fraude na declaração de óbito de Regina Hang é um dos "inúmeros casos que não foram devidamente noticiados". O relato sobre a mãe do empresário consta do capítulo "Da suposta fraude nas declarações de óbito", do dossiê de mais de 60 páginas entregue à CPI.
A rede Prevent Senior escondeu ainda que a covid-19 foi a causa da morte do médico pediatra e toxicologista Anthony Wong, usado como referência por bolsonaristas na defesa do tratamento precoce. O atestado obrigatoriamente deveria informar que Wong teve covid por orientação das secretarias de Saúde dos estados.
Um crime hediondo perpetrado com a conivência de um governo que não adquiriu vacinas em quantidade necessária, no tempo exato, por que perdia tempo com disseminação de fake news de medicamentos inúteis, não reconhecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), nem pela ANVISA.
Acrescentando que a mesma CPI descobriu que o
governo Bolsonaro prevaricava com atravessadores a compra da vacina da Índia,
Covaxin, por preço superfaturado, enquanto o Brasil atingia milhares de mortes
pela falta de vacinação.
Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.
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