Desde o momento que tomou posse, Bolsonaro não fez outra coisa senão atacar sistematicamente a nossa democracia e todos os seus fundamentos legítimos de Estado democrático.
Neste mesmo período espalhou o ódio a partir de suas lives e das conversas no cercadinho do Palácio Planalto com seus seguidores xiitas. Para isso, contou também com seus filhos Eduardo, Flávio e principalmente o Vereador Federal Carlos na estruturação do chamado Gabinete do ódio.
Seus pronunciamentos nas lives emanaram, além do ódio, a desinformação com mentiras sucessivas sobre adversários políticos, governadores, ministros do STF, pandemia, vacinas e, o pior de tudo, pregou o tratamento precoce com medicamentos como Ivermectina e Cloroquina como se estes fossem curar a Covid-19.
Estão gravadas suas falas desmentindo que houve uma Ditadura Militar no Brasil entre 1964 e 1985, que o racismo estrutural no país não existe, defendeu torturadores assassinos, promovendo ainda mais desinformação sobre estes assuntos que são do conhecimento de muitos e estão nos nossos livros de história.
Com sua política beligerante isolou o país da comunidade internacional, deixando os nossos exportadores em situação delicada, visto que estamos isolados do Mercado Comum Europeu, do Mercado Asiático e do próprio Mercosul.
Se posicionou contra as vacinas e levou milhares de brasileiros a não tomarem a primeira ou segundo dose dos imunizantes. Enquanto isso, prevaricava em cima de um grupo de amigos do governo para a compra da vacina indiana Covaxin. Preços superfaturados, empresas de fundo de quintal, intermediários suspeitos de transações criminosas.
As mais de 575 mil mortes pela Covid-19 no país são em grande parte responsabilidade sua e de seu nefasto governo. Afinal desde o início da pandemia Bolsonaro agiu contra o isolamento social, uso de máscaras, protocolos rígidos, lockdown e as vacinas. Nada fez e alegou que o STF o havia impedido de agir, quando na verdade, aquela corte apenas deliberou que os Estados e Municípios tinham liberdade constitucional para agir em relação as mediadas a serem adotadas na pandemia.
Em dois anos e oito meses de gestão não promoveu a união do país nem ao menos tentou agir como um presidente da república, agrediu a todos que não concordavam com seus pensamentos toscos e delirantes.
Foi muito rápido e incisivo na defesa de seus filhos em processo junto ao Coaf, Polícia Federal e STJ, interferindo descaradamente em especial na PF, onde nomeou diretor geral, mandou trocar delgados de postos. Até no MP/RJ houve interferência para que o caso das rachadinhas do seu filho e as investigações quanto a morte de Marielle e Anderson fossem trocadas de promotoras.
Sua gestão é pífia, sob seu controle nada funcionou, tivemos além das mais de meio milhões de mortes pela covid, inflação, alta dos preços dos combustíveis em níveis jamais vistos, alta dos alimentos como arroz, feijão, óleo de soja. Seu governo não tem plano habitacional, nem projetos para reformas do sistema penitenciário, não tem obras de infraestrutura como construção de novas estradas, remodelação de portos e aeroportos, penitenciárias, ampliação e modernização do nosso parque industrial.
E ainda por cima, no próximo dia sete de setembro Bolsonaro e sua gente armada e perigosa prometem invadir as ruas e colocar em risco a paz e a tranquilidade do povo brasileiro. Dizem que vão invadir e quebrar o STF e o Congresso Nacional. Em manifestações anteriores, que foi o que mais Bolsonaro fez e apoiou, esses celerados pediram o fechamento do Congresso e Intervenção Militar. Agora só falta dar um golpe na democracia e instaurar uma ditadura novamente.
Autor: Rafael Moia Filho - Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.
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