O mundo teve a oportunidade de ver, apesar da pandemia do coronavírus, a realização dos jogos Olímpicos do Japão. Um espetáculo grandioso que mostrou ao mundo a beleza do esporte, da confraternização respeitando todos os protocolos sanitários exigidos pela OMS.
O Japão mostrou ao mundo sua cultura, sua educação e o respeito com que recebe e trata seus visitantes. As estruturas dos jogos chamam nossa atenção pela beleza, limpeza (inclusive do mar sem sujeiras e garrafas plásticas) e das ruas e logradouros onde pudemos ver as transmissões até o momento.
O Brasil levou uma grande delegação de atletas para os jogos, e como não poderia deixar de ser, um dos assuntos mais comentados são os resultados dos nossos atletas nos jogos. Faltando ainda algumas modalidades a serem disputados nas fases finais, os nossos atletas conseguiram 4 medalhas de ouro, 4 medalhas de prata e 8 medalhas de bronze.
Pelo tamanho do nosso país esse número de conquistas poderia ser maior, porém, o nosso governo prefere gastar com outras coisas que não o esporte e a cultura. Algo que não muda independente de quem esteja no poder.
As confederações esportivas cujos mandatários tem cargos vitalícios tal o tempo que ficam a frente destas, tem muito dinheiro, normalmente não o utilizam para investir nos atletas, nos seus treinamentos, alimentação e na construção de centro de referência para o esporte. Gastam com viagens, compra de imóveis, isso quando não desviam a finalidade e embolsam os recursos, vide o que acontece na CBF.
Um destes exemplos é o atleta Darlan Romani de Bragança Paulista – SP, praticante do arremesso de pesos. Ele foi para Tóquio sem técnico por causa da pandemia e precisou improvisar seus treinos num terreno baldio ao lado de sua casa em sua cidade.
Treinamento num terreno baldio
Será que a Comitê Olímpico Brasileiro e a Confederação brasileira de atletismo não sentem vergonha em permitir que um atleta que representa o nosso país seja exposto a essa situação degradante? Será que é falta de recursos ou estes recursos são usados em outras modalidades que dão maior visibilidade ao COB?
São arrecadados bilhões com loterias da Caixa, impostos e patrocínios diversos, no entanto, o último lugar para onde estes recursos são enviados é para o esporte e os atletas. Boxe, Atletismo, e tantos outros esportes assistem dirigentes ricos, com poder enquanto Darlan treina num terreno sujo, baldio e sem a mínima condição de poder lhe ajudar nos seus treinamentos.
As
medalhas são exclusivas do esforço dos atletas que sabem o quanto sofreram para
conquista-las. O COB, confederações e o governo federal passam ao largo destas
conquistas e deveriam ter vergonha do que fazem e como tratam o esporte e os
esportistas brasileiros.
Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.
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