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9 de agosto de 2021

Dissimulado, beligerante e improdutivo!

 Quem tem o hábito da leitura, faz pesquisas e procura estar sempre bem informado conhecia muito bem o ex-deputado medíocre que virou candidato à presidência em 2018, Jair Bolsonaro. Sua campanha inteira foi baseada em disparos ilegais de mensagens de Fake News e em agressões diversas sobre os adversários.

Evasivo, aproveitou o episódio mal explicado da facada em Juiz de Fora para poder se ausentar dos debates, algo que sempre temeu. O fato rendeu internações, supostas cirurgias, mas com o candidato sempre sorrindo, andando pelos corredores do hospital sem aparentar jamais a gravidade que foi imputada ao caso.

Foi eleito pelos votos nas urnas eletrônicas sem que houvesse uma só urna com problema de fraude ou a necessidade doentia do voto impresso naquela ocasião. Não reclamou, tomou posse e de lá para cá, simplesmente nada fez pelo país, nem pelo povo brasileiro.

Não cumpriu seu programa pífio de governo, e raramente dedicou seu tempo a se preocupar com desemprego, retomada da economia, evitar as mortes pela covid-19 com a compra das vacinas, redução dos gastos da máquina federal, combate à corrupção, estabelecimento de uma política diplomática, respeito as minorias e decência no trato da coisa pública.

Em dois anos trocou mais de ministros do que muitos governantes o fizeram em quatro anos. Na saúde foram quatro trocas, na educação foram três e assim por diante, sempre priorizando atender o Centrão, nunca a eficiência e a pasta. Avesso ao expediente no Planalto, permaneceu nestes dois anos e sete meses empenhado apenas na sua reeleição, fazendo todos os finais de semana atos políticos com seus apoiadores.

Deliberadamente deixou de trabalhar e passou a ameaçar a segurança das instituições democráticas e a própria democracia com seus arroubos beligerantes. Sua opção se baseou em duas coisas que aprendeu nos 28 anos como deputado federal: primeiro, agredir adversários enquanto faz campanha política à reeleição. Segundo, transformar o Supremo Tribunal Federal (STF) em inimigo da nação.

Mentiu descaradamente aos seus apoiadores de que não conseguia trabalhar, por culpa dos políticos. Quando na verdade entregou o comando do país ao nefasto Centrão, dando a eles cargos, poder, ministérios e recursos bilionários. Prometeu redução para quinze ministérios na campanha aos seus eleitores, entretanto para poder ter apoio no Congresso contra possíveis processos de Impeachment cedeu vergonhosamente.

Nunca em tempo algum um presidente mentiu tanto, agrediu tanto aos jornalistas, baixou o nível ao ofender Ministros do Supremo Tribunal. Chegou a transformar uma sala anexo à sua em um espaço denominado Gabinete do Ódio, comandado por seu filho Carlos e alguns assessores.

Não se houve falar do estabelecimento de políticas sociais, de obras de infraestrutura, saneamento básico, habitação popular, ao invés disso nomeou pessoas desqualificadas para que estas fiquem usando de ideologia barata e rasteira no mau uso da Cultura, Esportes, Direito Humanos e outras pastas.

Sua ignorância em diversos assuntos mostram o motivo da sua fuga de debates e aversão a responder perguntas de jornalistas. Agora, sem poder usar o episódio da facada, começou a disseminar mentiras absurdas sobre a lisura do processo eleitoral e das urnas eletrônicas onde ele e seus filhos se elegeram e reelegeram diversas vezes sem nunca terem manifestado alguma situação de fraude ou problemas.

Seu medo é o fato de que não terá o que falar de seus quatro anos à frente do país, será massacrado se comparecer a debates políticos, algo que duvido que aconteça. Tem pavor de Lula, por isso não o tira da cabeça e da boca.

Traiu seus eleitores, o empresariado e o país, ao deixar de trabalhar em prol de um governo melhor e mais decente. Esconde através de pedidos de sigilo tudo aquilo que pode compromete-lo na campanha e, em investigações futuras. Sua forma de agir é de quem tem o que esconder e temer, não só das suas ações como de seus três filhos que estão na política e igualmente nunca fizeram nada, absolutamente nada em seus mandatos em prol dos seus eleitores. 


Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

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