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3 de março de 2021

A humanidade está doente, e não é da Covid!

 A criminosa disseminação de mentiras (Fake News) tem crescido numa proporção assustadora, incidindo sobre vários assuntos. A mais recente envolve uma campanha sórdida contra a vacinação da Covid-19, que ocorre em vários países do mundo e é a única salvação para conter esta pandemia que assola a humanidade.

Antes da vacinação começar, em várias partes do mundo havia uma enorme ansiedade quanto à eficácia das vacinas que estavam sendo aprovadas em vários países. Entretanto, o processo de imunização avança pelo mundo afora sem que haja quaisquer tipos de reações adversas que pudessem colocar obstáculos na imunização da humanidade.

Entretanto aqui no Brasil, onde o presidente ainda não comprou a quantidade de vacinas necessárias para o povo brasileiro, Ana Paula uma ex-jogadora de vôlei presta um desserviço e age de forma criminosa afirmando em vídeo que circula na internet o seguinte: “Cerca de 501 pessoas teria morrido após serem vacinadas, onze mil tiveram reações adversas, 150 tiveram efeitos colaterais permanentes, 13 abortos, 139 acometidas de assimetrias faciais e mais 385 ofereceram risco de morte”.

Essas afirmações mentirosas e criminosas foram feitas ao microfone de uma rádio em SP, sem que a emissora viesse a público desmentir esse monte de asneiras falaciosas e sem quaisquer rastros de verdade, em qualquer canto do mundo.

Análises feitas sobre estes boatos na Alemanha, Espanha, Estados Unidos, Noruega, Bélgica e Peru mostraram que em todos eles as autoridades sanitárias não encontraram ligações causais entre a vacinação e os mortos.

O Instituto Paul Ehrlich (PEI, do nome em alemão), responsável pelo lançamento de vacinas na Alemanha, investigou dez mortes no país entre várias horas a quatro dias após as vacinações. Em todos os casos, os mortos tinham entre 79 e 93 anos e sofriam de doenças preexistentes, segundo Brigitte Keller-Stanislawski, chefe do departamento de segurança de produtos médicos do PEI.

"Com base nos dados, acreditam que os pacientes tenham morrido de sua doença anterior, e num momento coincidente com a vacinação". Embora sem comentar casos individuais, ela disse se tratar de "pacientes muito seriamente doentes, com muitas outras doenças anteriores". "Se os idosos ou pessoas com doenças pré-existentes graves forem vacinadas, haverá um certo número de mortes acidentais que ocorrerão logo após a vacinação, o que não pode ser associado causalmente com a vacinação", apontou.

Amplamente divulgada na Índia, uma notícia sobre 181 mortes nos Estados Unidos após a aplicação da vacina contra o novo coronavírus é baseada em um comunicado à imprensa da Children's Health Defense, um grupo anti vacinação liderado pelo proeminente Robert F. Kennedy Jr. e conhecido por produzir desinformação e propaganda contra vacinas.

Embora a notícia afirme que os números vêm de um "banco de dados governamental", as informações estão no site do Centro Nacional de Informação sobre Vacinas, uma organização descrita como "a mais poderosa organização antivacina da América" pelo jornalista de ciência, tecnologia e saúde pública Michael Specter.

O Centro Nacional de Informações sobre Vacinas afirma que seus dados são extraídos do Sistema de Notificação de Eventos Adversos de Vacinas (VAERS), do governo dos EUA, que declara explicitamente que "qualquer pessoa pode apresentar um relatório ao VAERS, incluindo pais e pacientes", e que "os relatórios sozinhos não podem ser usados para determinar se uma vacina causou ou contribuiu para um evento ou doença adversa".

Não podemos aceitar essas mentiras espalhadas no WhatsApp e nas redes sociais como se estas fossem verdades. Isso que a Ana Paula reproduziu é crime, é levar desinformação a sociedade com interesses escusos que desconhecemos os motivos, mas que com certeza não são nobres.

Autor: Rafael Moia Filho: Escritor, Blogger, Graduado em Gestão Pública.

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