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1 de agosto de 2020

Nem tudo se vê na mídia ou “Isso a Globo não mostra”

Ao longo dos últimos anos, temos ouvido e lido a máxima. “Isso a Globo não mostra”, geralmente por trás dessa frase vem uma Fake News, com algo que ao lermos entendemos o porque supostamente daquele grupo jornalístico não ter publicado.
Estes relatos são fatos que aconteceram recentemente no nosso país e não tiveram grande divulgação nos nossos meios de comunicação.
O Banco do Brasil é uma agência de crédito, pois empresta dinheiro a pessoas físicas e jurídicas, mediante documentação que fica guardada com o próprio banco. O BB pegou R$ 3 bilhões de reais em papéis de dívidas a receber e vendeu para o Banco BTG (Pertencente a Paulo Guedes- Ministro da Economia) por R$ 320 milhões de reais. Essa operação que pode até ser normal entre bancos particulares, não teve licitação ou qualquer outra forma legal perante a lei.
O BTG ficou com uma carteira de haveres (recebimento) de três bilhões de reais sem que houvesse concorrência, licitação, leilão por apenas e tão somente trezentos e vinte milhões numa operação altamente lucrativa. Com o agravante que o Banco do Brasil jamais em toda sua existência fez uma operação igual a essa.
O BTG Pactual é um banco de investimento brasileiro que atua nos mercados de investment banking, wealth management e global asset management na América. O BTG Pactual é uma empresa controlada por uma sociedade de 156 executivos e resultou da aquisição do UBS Pactual pela BTG Investments. A Pactual DTVM foi fundada em 1983 no Rio de Janeiro por Luiz Cezar Fernandes, André Jacurski e Paulo Guedes.
Tem mais, o governo Bolsonaro vendeu a empresa BR Distribuidora de combustíveis BR, marca muito conhecida nacionalmente. A Petrobras era a única proprietária da BR até 2017, quando abriu mão de quase 29% das ações. Em 2019, ela anunciou a venda de mais uma fatia de 30% do capital. Com isso, reduziu sua participação de 71% para 41%, e agora investidores privados têm a maioria das ações da distribuidora de combustíveis. Na prática, a BR foi privatizada. Uma assembleia de acionistas ainda vai definir quem será o novo controlador da empresa.
Aparentemente uma operação normal, entretanto a venda não foi para uma empresa do ramo petrolífero ou de distribuição de petróleo. No entanto não foi realizado leilão como preconiza a lei nas operações dete porte. A operação foi feita com um pool de bancos sem concorrência, sem seguir os ditames das leis de licitações em vigor no país.
Esta operação estranha faz parte do esquartejamento da Petrobrás pelo atual governo. A empresa Transportadora Associada de Gás (TAG) que fazia a tubulação para o transporte de gás e combustíveis nos oleodutos das refinarias da Petrobrás teve 90% da sua empresa vendida. Ela opera a rede de gasodutos nas regiões Norte e Nordeste, para o consórcio formado pela francesa Engie e o fundo canadense Caisse de Dépôt et Placement du Québec (CDPQ). O negócio, de acordo com comunicado da estatal à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), foi de US$ 8,6 bilhões. 
O valor inclui a dívida de US$ 800 milhões da TAG com empréstimos do BNDES. Segundo a Petrobras, foi considerada uma taxa de câmbio de R$ 3,85 por dólar. Segundo a estatal, o consórcio apresentou a melhor proposta, representando um valor da empresa de R$ 35,1 bilhões para 100% da TAG, na data base de dezembro de 2017.
Ou seja, na prática, saiu de graça a operação para os fundos de investimentos que adquiriram essa empresa altamente lucrativa. Não à toa sempre ouvimos que o mercado financeiro manda e desmanda, ajuda a eleger e a tirar políticos do poder. Suas teias vão muito mais além do que nos seus negócios.

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