"Os políticos são um grupo de
homens
que vêm os próprios interesses e não
trilham a senda das pessoas honradas"
Abraham Lincoln
O Brasil ainda atônito com a pandemia do
coronavírus contabilizando mais de 87 mil mortes e de dois milhões duzentos e
noventa mil pessoas infectadas, tem de lidar em alguns Estados com a Dengue.
Não bastasse tudo isso os brasileiros tem outra ameaça constante em suas vidas:
Os gafanhotos gigantes da política nacional.
São milhares de vereadores, deputados
estaduais, federais e senadores famintos por nossos recursos, trabalhando
diuturnamente em busca de milhões de reais que são devorados a cada dia e que
se fossem computados daria um reflexo enorme no nosso PIB.
Devastam a nação sem espalhafato, de
modo silencioso e constante, num ritmo acelerado. Preferem bloqueá-la por
dentro, minar seu organismo e ali se refestelarem. A nuvem atual é a mais terrível
que já se viu desde a promulgação da República.
Estes gafanhotos gigantes se dividem no
formato de bancadas. Tem o grupo voraz da bancada da bala, bancada
evangélica, bancada da bola, que dominam através da coordenação do chamado
Centrão os recursos orçamentários e o respaldo a políticos corruptos que eles
não queiram que sejam cassados.
Mas há pontos de contato. Como as
andorinhas, um gafanhoto só não faz verão. Os gafanhotos do Congresso atuam em
todo território nacional usando os vereadores como ponto de apoio. Usam também
os prefeitos para poder manter suas bases intactas.
Enquanto o bando destroça o país, impedem
seu desenvolvimento, bloqueiam tudo aquilo que não lhes rende algo em termos de
poder ou recursos. A sociedade atônita não sabe como lidar contra eles, embora
sejam corresponsáveis por elegerem-nos.
Os gafanhotos comuns também são chamados
acrídios ou ticuras, os nossos gafanhotos políticos são chamados pelo nome ou
por apelidos que usam para facilitar sua condução ao poder legislativo.
Exemplo: Paulinho da Força
O melhor alimento deles é o voto. Com o
voto eles são eleitos e depois reeleitos várias vezes, podendo em geral formar
uma grande fortuna financeira, espalhada em imóveis, contas bancárias no
exterior em Off Shore, carros do ano e muito mais. As vezes utilizando-se de
laranjas (pessoas da família ou amigos que colocam seus nomes nos
empreendimentos) para poder disfarçar um pouco a riqueza sem justificativa
junto à Receita Federal.
O único veneno que os matam é base de informação, educação e voto consciente dos eleitores. Mas para conseguir
esse produto dependemos de um sistema educacional que valorizasse os
professores e o próprio ensino desde o infantil até o superior. Sem informação
e com educação e cultura cerceados ou de baixa qualidade os nossos gafanhotos
procriam rapidamente e se mantém no topo da cadeia alimentar.
Autor:
Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger e Graduado em Gestão Pública.
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