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1 de agosto de 2020

Muito pior que a Covid-19, eles são um câncer terminal na vida do país!

“O afã da riqueza obscurece a
noção do justo e do injusto"
Antífanes

A nossa classe política além de não realizar aquilo para o qual são eleitos, terem um custo exorbitante, desfrutarem de mordomias e diversas formas de remunerações sem recolher Imposto de Renda, ainda praticam a malversação do dinheiro do povo.
Os deputados federais fazem uma autopromoção milionária em meio à crise fiscal provocada pelo novo coronavírus, torrando 10,4 milhões de reais da cota parlamentar com autopromoção somente no período entre Abril – Junho deste ano.
Esse é o total das despesas com divulgação das ações de mandato de 411 congressistas conforme levantamento realizado pela Revista Crusoé. A média de desembolso de gastos por deputado ficou em 25,4 mil reais no período.
A gastança coincide com o período em que o país entrou em quarentena exigindo esforços dos cidadãos, dos comerciantes, industriais, enfim, de todo conjunto da nossa sociedade para a realocação de recursos e o desenvolvimento de medidas para mitigar os efeitos do isolamento na economia.
O campeão de gastos, Dep. José Wellington Roberto é líder do PL da Paraíba na Câmara. De acordo com as notas fiscais, ele pediu 112,6 mil reais de reembolso nos últimos três meses. As notas fiscais indicam, por exemplo, a compra de informativos de quatro páginas em papel couché e "a divulgação de notícias referentes ao mandato parlamentar no portal 'Polêmica Paraíba'".


Enquanto milhões de brasileiros, inclusive na Paraíba estão sem emprego, muitos passando fome, deputados provavelmente forjando notas, apresentam documentos justificando o injustificável gasto nababesco com bobagens, coisas inúteis e sem sentido. Mas o fazem por que a regra permite, regra escrita por eles mesmos ao longo dos anos naquela casa.
O cidadão comum, não importa se trabalhador, comerciante, industrial, desempregado, PJ ou estudante tem de se curvar a leis rigorosas, regras inflexíveis enquanto essa escória parlamentar deita e rola lucrando com os recursos que são oriundos do bolso do povo.
São muitos os atalhos, são muitas as formas de amealhar salários que chegam a mais de R$ 200 mil por mês. Isso tudo sem serem incomodados pelo chamado Teto Constitucional ou pela Receita Federal. Afinal, entram como adicionais ou outros apelidos que servem para burlar e sonegar os impostos devidos, algo que nós, pobres mortais se fizermos somos presos.
O salário de um deputado federal é de R$ 33.763,00, entretanto eles têm direito a uma série de vantagens, como por exemplo:
Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (Ceap): O valor depende do estado de cada deputado, devido ao preço da passagem aérea. Representantes do Distrito Federal ficam com a menor quantia (R$ 30.788,66). Já os de Roraima recebem a maior: R$ 45.612,53.
Verba destinada à contratação de pessoal: o valor, que hoje é de R$ 106.866,59 por mês, destina-se à contratação de até 25 secretários parlamentares (cuja lotação pode ser no gabinete ou no estado do deputado), que ocupam cargos comissionados de livre provimento. A remuneração do secretariado deve ficar entre R$ 980,98 e R$ 15.022,32.
Auxílio-moradia: R$ 4.253, concedidos aos parlamentares que não moram em residências funcionais em Brasília.
Despesas com saúde: os deputados têm atendimento no Departamento Médico da Câmara (Demed) e podem pedir reembolso para despesas médico-hospitalares realizadas fora do Demed. Deputados em exercício do mandato e seus familiares que podem ser incluídos como dependentes no Imposto de Renda têm direito de utilizar o departamento.
Além disso, se quiser, o parlamentar poderá aderir ao plano de saúde dos funcionários da Câmara, pagando R$ 420 por mês, com direito a rede conveniada nacional e a filhos e cônjuge como dependentes. Também é paga a participação de 25% sobre o valor da despesa médica realizada.
Cota gráfica: o parlamentar pode solicitar a confecção de material de papelaria oficial (cartões, pastas, papel timbrado e envelopes) e a impressão de documentos e publicações.
Ajuda de custo: no início e no fim do mandato, o parlamentar recebe ajuda de custo equivalente ao valor mensal da remuneração. A ajuda é destinada a compensar as despesas com mudança e transporte e não será paga ao suplente que for reconvocado dentro do mesmo mandato.
Aposentadoria: a lei do Plano de Seguridade Social dos Congressistas (PSSC - Lei 9.506/97) prevê aposentadoria com proventos proporcionais ao tempo de mandato. Nesse caso, os proventos serão calculados à razão de 1/35 (um trinta e cinco avos) por ano de mandato. No entanto, é obrigatório preencher os requisitos de 35 anos de contribuição e 60 anos de idade.
Por isso que eles não querem nem ouvir falar em Reforma Política, com o fim dessas mordomias e de verbas que ajudam a enriquecer muitos deles. Assim você pode entender porque eles não largam o osso e brigam muito para permanecer naquela casa de leis.

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger e Graduado em Gestão Pública.

Fonte: Agência Câmara de Notícias.

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