"Todo governo
que não age na base
do princípio da
república, isto é, que
não faz da 'res
pública' o seu objetivo
completo e único,
não é um governo bom."
Thomas Paine.
Desde sua posse em janeiro de 2019, o
presidente não faz outra coisa a não ser buscar inimigos imaginários para
tentar justificar a fraqueza de sua gestão. Sua incompetência salta aos olhos
de qualquer leigo, desde que não seja um dos seus 300 seguidores ou um Xiita
daqueles que possuem políticos de estimação.
Ao longo deste período de um ano e meio
os principais inimigos do presidente e por conseguinte do bolsonarismo raiz são
Rodrigo Maia – Presidente da Câmara Federal, David Alcolumbre – Presidente do
Senado e os Ministros do STF.
Será que estas pessoas públicas e suas
instituições são culpadas por:
Bolsonaro ter
nomeado três ministros para a educação, sendo um que não era brasileiro
(colombiano Ricardo Velez), outro que era apenas semialfabetizado por completo
(Weintraub) e um terceiro que era um fanfarrão adulterador de currículo?
Bolsonaro ter
demitido dois médicos que estavam ocupando o cargo de Ministros da Saúde num
espaço de um mês, colocando um general no lugar deles, sem que este seja
médico, entenda de medicina ou de saúde pública?
Pela ausência de projetos de governo que busquem o desenvolvimento sustentável, a retomada dos
empregos com carteira assinada, obras de infraestrutura que possam duplicar
estradas, construir portos e aeroportos para escoamento de grãos ou ainda,
levar saneamento básico ao nosso povo?
Pela ausência de
diálogo do governo para com o Congresso e os demais órgãos ou instituições
democráticas?
Pela indicação e
manutenção de um ministro que permite a destruição com queimadas e invasões de
áreas ambientais. A matança de lideranças indígenas dentro de seus territórios.
Sendo este ministro um conhecido da Justiça, onde possui processo em andamento
por corrupção e outros ilícitos?
Pela indicação e
manutenção do Ministro do Turismo apesar dos indícios claros e evidentes de
participação no Esquema das Candidaturas de laranjas na sua própria campanha
eleitoral?
Seus filhos
Eduardo, Flávio e Carlos terem sempre a participação nociva, agressiva e
destrutiva no ambiente da republica, criando um ambiente tenso, desfavorável e
de muita animosidade com políticos que tem opinião divergente de seu pai?
Pelo fato de o
Ministro Paulo Guedes olhar a economia apenas pelo viés do mercado financeiro?
Desprovido de um Plano Econômico que pudesse alavancar a economia do país?
Pelo
negacionismo do presidente em relação a ciência, a medicina e organismos
mundiais como a ONU e a OMS?
Enfim, seriam
eles culpados pela conduta irresponsável de Bolsonaro diante da pandemia do
novo coronavírus, que já matou até ontem mais de 87 mil brasileiros?
Em todos os
tempos, durante vários governos os ocupantes destes cargos com raras exceções
nunca foram tão execrados por simpatizantes do presidente eleito, nem nos
tempos de Sarney, Collor ou Dilma.
A verdade é que
falta ao presidente aquilo que seus eleitores (38% dos votos válidos na eleição
de 2018) fingiram não ver, sua incapacidade gritante demonstrada ao longo de
vinte e oito anos em que esteve na Câmara como deputado federal. Aliás, desde
sua passagem pelo Exército, onde foi expulso, nunca teve destaque por sua
inteligência ou capacidade de aglutinar pessoas, liderar e conduzir processo de
gestão pública.
Autor:
Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger e Graduado em Gestão Pública.
Nenhum comentário:
Postar um comentário