Seguidores

10 de junho de 2020

Baixo nível de educação eleva o tempo de quarentena!

É hora de muitos experimentarem aquela
estranha sensação do uso do raciocínio em nosso país.
Fernando Pinho

Ao começar a chamada quarentena ou isolamento social em 16 de março pensávamos que teríamos vinte ou no máximo trinta dias privados do convívio externo com o nosso mundo. Assim foi em alguns lugares do mundo moderno. A ciência ditando as regras, a medicina orientando a todos e um governo que era seguido pelo conjunto da sociedade. Esta por sua vez, seguindo as regras, além de proteger-se também abreviavam o tempo de duração do isolamento, achatando a curva da epidemia mais rápido e de forma mais segura.
Nos países com baixo nível de escolaridade, em especial, no Brasil, nada disso aconteceu de forma organizada. O governo federal não deu exemplo mostrando um presidente negacionista em relação ao vírus e a necessidade do isolamento. Governadores sem apoio do presidente agindo de acordo com suas convicções e muitos seguindo determinações da OMS.
Os prefeitos sem conhecimento, despreparados para a função para a qual foram eleitos deram show de incapacidade, provando que nunca estiveram preparados para administrar uma situação grave como esta que estamos vivendo.
Em meio a tudo isso, não poderia ser diferente, que a população agisse sem o menor cuidado, desrespeitando normas, abusando da sorte e vivendo de forma inconsequente diante de um vírus que pode ser letal.
Na Coreia do Sul, bastou o presidente dizer a sociedade quais eram as regras e os perigos que enfrentariam para que o povo imediatamente começasse a seguir o protocolo sem necessidade de isolamento. Com isso, obedeceram ao distanciamento social, higienização completa das mãos e utensílios sem que houvesse um número enorme de infectados. Um exemplo que demonstra a importância de duas coisas na vida de uma sociedade: povo com educação e governo com credibilidade e inteligência.
Duas coisas tão simples que infelizmente não dispomos no Brasil e em boa parte da América do Sul. Talvez o Uruguai seja um país que destoe dessa triste situação, contrastando com o gigante Brasil. Menos educação + governo ruim = quarentena sem fim.

Autor: Rafael Moia Filho: Escritor, Blogger e Graduado em Gestão Pública.

Nenhum comentário: