De todas as presunções ridículas da humanidade,
nada ultrapassa as críticas feitas aos hábitos dos
pobres por aqueles que têm casa,
estão aquecidos e alimentados.
H. Melville
Ser otimista no Brasil no que tange a
tudo que envolve políticos é uma profissão extinta, completamente impossível de
se entender. Há 520 anos que sabemos da nossa extensão territorial vasta, das
belezas naturais, dos inúmeros recursos minerais e seu povo amável. Porém, isso
tudo se perde quando começa o envolvimento dos políticos nas três estâncias
(Municipal, Estadual e Federal) do poder executivo e dos poderes legislativos
(Câmaras municipais, Assembleias legislativas e Congresso Nacional.
No legislativo, os políticos eleitos
pelo povo legislam em causa própria ou na melhor das hipóteses visando atender
seus financiadores de campanhas eleitorais. Quando fazem ou conduzem reformas
enviadas pelo executivo eles conseguem deturpar projetos e ainda por cima piorá-los
em suas essências.
Sem contar que custam bilhões de reais
ao ano aos cofres públicos com salários aviltantes acrescidos de benefícios
imorais em relação aos auferidos pelos trabalhadores brasileiros. Possuem
sessenta dias de férias e folgam em todos os feriados nacionais, quando não
estão viajando pelo país ou exterior as nossas custas.
No comando das leis e da constituição
federal temos um poder judiciário iníquo a sociedade brasileira. O Judiciário atende
aos interesses dos poderes legislativo e executivo em detrimento do povo
brasileiro. A morosidade com que julgam os processos que envolvem políticos,
envolvidos com corrupção é o retrato da devassidão que enoja e desestimula a
sociedade. Tudo que beneficia o cidadão leva anos nas gavetas do STF, enquanto
a soltura de políticos corruptos é quase instantânea.
Para completar, temos o Poder Executivo
em suas três instâncias, onde elegemos prefeitos para mais de cinco mil cidades,
governadores para 27 Estados e um Distrito Federal, além de um presidente da
república. Somados, custam muito caro pelo retorno que trazem ao país.
Envolvidos com corrupção, desperdício e ausência de vontade de fazer o certo,
eles são figuras que não cumprem promessas de campanha, atrasando o progresso e
comprometendo o futuro da nação.
Ao todo são 35 partidos políticos
consumindo milhões de recursos públicos, sem que o país avance em educação de
qualidade, saúde pública decente, segurança pública, habitação popular e
saneamento básico. A cada ano ficamos ainda mais afastados do primeiro mundo
nestes quesitos e em tantos outros que são medidos pela ONU e outros
organismos.
Nosso Índice de Desenvolvimento Humano –
IDH é ridículo, mostrando que nossa gestão pública é nefasta aos interesses da
sociedade brasileira. O atual presidente é um exemplo disso, na medida que
protege alguns segmentos da sociedade (Latifundiários, banqueiros, militares,
empresários e grandes conglomerados) em detrimento do povo mais pobre e menos
assistido.
Nossa economia é atrasada, inconstante e
dependente de uma série de fatores atrelados aos políticos e a vontade do
mercado financeiro especulador. O nosso parque industrial está sucateado e
completamente defasado tecnologicamente em relação as grandes potências
mundiais.
Somos uma Nação cuja carga tributária se
equivale a dos países mais desenvolvidos, porém, nossos governantes nos devolvem
pouco ou quase nada de retorno destes tributos.
Como ser otimista num país que:
a) Queima suas
matas e florestas para transformá-la em pastos!
b) Permite através
de penas brandas o crescimento da violência contra a mulher num ritmo
alucinante!
c) Onde crianças
ficam fora das escolas ou saem delas antes do final do ciclo completo (Ensino
Médio)! O analfabetismo é enorme.
d) Não recicla seu
lixo na quantidade aceitável e mantem lixões, sem que toneladas de lixo sejam
tratadas e transformadas em energia ou algo lucrativo e limpo!
e) Permite a
destruição da fauna e da sua flora!
f) Cujos
governantes não cumprem as próprias leis!
g) Os cidadãos
dirigem sem CNH, usam motocicleta sem capacetes, colocam vidas em risco no
trânsito por dirigirem alcoolizados!
h) Tem a máxima adotada
de querer levar vantagem em tudo!
Autor:
Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger e Graduado em Gestão Pública.
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