"A democracia sobrevive quando a inteligência
do sistema
compensa a mediocridade dos atores"
Daniel
Inneraty
Desde a posse do atual presidente em
janeiro de 2019, lemos e ouvimos profecias sobre a melhora da economia do país,
que está em crise desde que Aécio Neves do PSDB perdeu a eleição e não aceitou
a derrota em 2014. Agora todos sabem que a preocupação dele era ter imunidade
do cargo para aguentar as denuncias de corrupção contra sua pessoa e familiares
diretos.
Voltando a economia, diziam que após as
aprovações das reformas estruturais urgentes e imprescindíveis tudo voltaria ao
normal, haveria crescimento e desenvolvimento do país.
A Reforma Trabalhista foi aprovada em
novembro de 2018, portanto, antes da posse do atual presidente. Este ano, a
duras penas o governo conseguiu “comprar” o voto (aceitação) dos parlamentares
da Câmara e Senado para poder enfim aprovar a Reforma da Previdência. Aquela
que retira direitos dos aposentados, trabalhadores com carteira assinada e
pensionistas. Mas não acaba com a desigualdade entre os servidores públicos e
os demais. Não mexe com os militares nem com os políticos. Sequer resolve o
problema dos devedores e sonegadores da previdência social que juntos devem
bilhões de reais aos cofres do erário.
Toda vez que análises são feitas pelo
governo ou pelos chamados “economistas chapa branca” que usam óculos azuis em
plena crise, o futuro será maravilhoso. Entretanto, ele nunca chega para a
classe média e demais classes sociais.
O povão aguarda as mudanças, pois o
preço do gás de cozinha está nas alturas (Botijão de 13 quilos vendido a R$
77,00 em Bauru, os combustíveis subiram mais do que nunca (Etanol passa de R$
4,00 em vários Estados), junto com a carne bovina (aumento de 18%), frango, carne suina, feijão (alta de 30%),
trigo e demais insumos básicos.
Tudo subiu na nossa economia, menos o salário
do povo, o mínimo continua a passos de tartaruga manca, e os demais salários
controlados pelos empresários permanecem baixos. Vitória para quem queria um
governo com esse perfil no poder.
Os preços dos planos de saúde sobem
acima da inflação numa constante, assim como os preços dos remédios nas
prateleiras das farmácias. Os laboratórios cada vez mais ricos recebem seus
quinhões pelo apoio financeiro que deram nas campanhas dos políticos. Nunca
lucraram tanto com a dor e sofrimento do povo brasileiro.
Mais do que eles somente os eternos
bilionários – os banqueiros, estes além de lucrarem muito, não perdem nunca. É
tiro certo, com ou sem crise, com qualquer governo de qualquer ideologia, eles
ganham sempre.
Este atual governo com Guedes a frente
da economia tem a característica de trabalhar dobrado pela recuperação dos
ganhos dos empresários, “tão sofridos”, obrigados por anos a cumprirem leis e
regras que protegiam os trabalhadores, onde já se viu uma coisa dessas?
As reformas e a desoneração aliadas a
refis para quitação de dividas em 300 parcelas são fatos. O trabalhador, o
aposentado, os desempregados nunca estiveram na preocupação deste atual
governo. Retirar direitos para aumentar garantias de lucros e vida tranquila
aos grandes grupos financeiros e empresariais é o objetivo primeiro e único de
Bolsonaro e Guedes.
Autor:
Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger e Graduado em Gestão Pública.
https://economia.uol.com.br/noticias/reuters/2020/01/09/producao-industrial-cai-12-em-novembro-e-17-em-um-ano-diz-ibge.htm
https://economia.uol.com.br/noticias/reuters/2020/01/09/producao-industrial-cai-12-em-novembro-e-17-em-um-ano-diz-ibge.htm
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