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8 de dezembro de 2019

A mamata na ALERJ nunca acabou!

Ideologias nos separam, sonhos e aflição nos unem.
Eugene Lonesco

Nas eleições ocorridas em 2018, além das Fake News, chamou muito a nossa atenção as frases de efeito,normalmente mentirosas, utilizadas ao longo das campanhas eleitorais. Uma delas “Fiquem tranquilos, agora a mamata acabou”. Essa frase dita em referência aos governos anteriores foi dita pelo pessoal da campanha de Jair Bolsonaro.
Infelizmente isso não aconteceu, nem nunca acontecerá na esfera federal onde os cartões corporativos, os aviões da FAB e tantas mordomias em viagens ao exterior são usadas sem transparência e sem a menor consideração ao erário e a sociedade brasileira.
Nos Estados o modus operandis é o mesmo, gastos nababescos, receitas em queda e o povo pagando a conta pela má gestão e pela corrupção desenfreada que há 500 anos assola o país.
Entretanto, essa corrupção, essa má conduta, não é exclusiva do Poder Executivo nem do Judiciário, mas também do Poder legislativo, justamente aquele cujos representantes são eleitos para entre outras coisas fiscalizarem o Poder Executivo.
No Estado do RJ a Assembleia Legislativa – ALERJ é um exemplo clássico de desmandos, mordomias, nepotismo e corrupção sem fim. Local onde a mamata nunca acabou nem se pretende acabar.
A mídia descobriu entre os muitos funcionários fantasmas um caso que exemplifica a imoralidade daquela casa de leis do povo do Rio de Janeiro, envergonhando a todos, trazendo revolta num país de 12 milhões de desempregados e outros milhões de subempregados com salários abaixo da linha da pobreza.
A servidora da ALERJ, Marli Regina de S. Costa com salários de R$ 23.375,93 (Vinte e três mil, trezentos e setenta e cinco reais e noventa e três centavos) é esposa do Ex-Deputado José Nader Jr e vive em Orlando na Flórida – EUA. Onde tem residência fixa e desfruta de uma vida alegre, saudável e confortável.
Ela deveria bater o ponto diariamente no gabinete do Deputado Tiago Pampolha – PDT-RJ. Mas nem o deputado nem ninguém no gabinete sabe explicar esta situação criminosa de fraude com os recursos públicos.
Além disso, seus cunhados Rubem Carlos Nader e Luiz Fernando Nader recebem da mesma ALERJ salários de R$ 23.314,31 (Vinte e três mil, trezentos e quatorze reais e trinta e um centavos) para assessorar o Deputado Renato Cozzolino – PRP-RJ. Entretanto, Luiz trabalha numa empresa familiar em Barra Mansa, que dista 100 km da ALERJ.
Assim, percebemos o porquê do pavor de Flávio Bolsonaro do PSL-RJ quando veio à tona os casos envolvendo Fabrício Queiroz e os funcionários contratados que na verdade nunca pisavam no gabinete, mas eram obrigados a praticar a rachadinha (Partilha do salário com Queiroz ou Flávio). O caso está sendo apurado, aliás, já deveria ter sido completamente apurado, não fosse o poder do seu pai presidente e as estratégias junto ao nefasto STF.
A ALERJ possui setenta deputados eleitos a cada quatro anos pelo sofrido eleitor do Estado do RJ, estes possuem 5.000 servidores a disposição, um número obsceno que chega a setenta e um servidores por deputado.
A mamata nunca acabou nem nunca vai acabar enquanto não houver Justiça, enquanto a impunidade triunfar e os corruptos derem as ordens levando vantagem em todos os negócios que puserem suas mãos sorrateiras e ordinárias.

Autor: Rafael Moia Filho: Escritor, Blogger e Graduado em Gestão Pública.

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