“Tanto vencedores quanto derrotados,
ambos, tropeçam e caem;
a diferença é que os vencedores
se levantam rapidamente".
Peter
George
No Brasil do desemprego de milhões, onde
outros milhões de trabalhadores sobrevivem sem carteira assinada ou na
informalidade, não há alento para o povo que sinalize mudanças ou reversão
desta situação que começou em 2015.
A economia desandou a espera de reformas
estruturais, mas acima de tudo, de uma postura condizente dos políticos
brasileiros para com o país e a economia mundial. A aprovação de duas reformas
a mando do mercado financeiro e de alguns investidores estrangeiros não alterou
em quase nada a estagnação da economia brasileira.
Olhando para o horizonte nacional, o que
cresce neste país tão grande, tão rico em minérios e riquezas?
Ø
A criminalidade cresce em
ousadia. Se estruturou em grandes organizações do crime e conseguiu graças a
ineficiência do Estado brasileiro, ramificar suas operações. Hoje está presente
em vários segmentos, desde a execução de simples tarefas como a lavagem de
dinheiro até a diversificação de seus negócios, transformando o dinheiro do
narcotráfico em investimentos diversos.
Ø
A violência desproposital
contra a mulher é outra coisa que cresce assustadoramente no país. Leis
existem, como a famosa Lei Maria da Penha, falta combinar com os três poderes
que é necessário ter penas duras, sem que haja impunidade alguma. Para tanto,
desde o começo do processo é preciso termos polícia efetiva, setores de
inteligência estruturados, polícia científica amparada por farta tecnologia,
homens e mulheres treinados nas forças policiais do país com salários
corrigidos e em dia. Sem contar a necessidade de reestruturação do sistema penal
brasileiro, que também está sendo administrado pelas organizações criminosas.
Os governos estaduais terceirizaram essa tarefa.
Ø
Sonegação fiscal é outra coisa
que cresce muito no Brasil. A Receita Federal é rigorosa apenas e tão somente
para com quem recebe pagamentos lícitos, possui conta bancária e vive de seus
vencimentos seja no setor privado ou público, empregado ativo, aposentado,
comerciante ou empresário. Agora, aonde está a sonegação? Em quase todos os
segmentos que movimentam fortunas no país. Grandes empresários do meio
esportivo e artístico, políticos com seus negócios repletos de laranjas no
comando, industriais, banqueiros e gente milionária que colocam todos os bens
em nome das empresas e negócios. Quem paga e sustenta o país com impostos é a
classe média em geral.
Ø
Agora o que mais
cresce sem sombra de dúvida é a corrupção. Nem o Mensalão, nem a Lava Jato,
nem quaisquer leis seguram esse ramo de crime no Brasil. Virou seguramente uma
indústria próspera e inatingível com ramificações em todos os escalões da vida
pública e privada nacional. No começo pensava-se que somente os servidores ou
agentes públicos estavam envolvidos, ledo engano, muitos brasileiros praticam
as vezes sem ter consciência a corrupção no seu cotidiano. Ela está em todos os
cantos do Brasil, apoia-se na impunidade e na omissão da Justiça, que leva anos
para julgar processos que muitas vezes prescrevem por absoluta conivência das
autoridades do país.
Desenvolvimento
sustentável é algo muito distante de um país que está perdendo tempo com
bobagens, agressões a outros líderes mundiais, onde políticos brigam desde o
começo de seus atuais mandatos por novos cargos que somente virão em 2022.
Não temos no
momento nenhum político efetivamente lutando por saúde de qualidade, educação,
saneamento básico, segurança pública e habitação popular nas três esferas do
Poder Executivo. Estamos à mercê do nada, capitaneados pelo mau agouro, pelo
insólito e desastroso ex-deputado que virou presidente sem ter projeto político
que não seja, adular EUA, Israel e qualquer ser vestido com farda verde e quepe
na cabeça.
Autor:
Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger e Graduado em Gestão Pública.
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