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28 de janeiro de 2019

Palavra é prata. Silencio é ouro!

Uma professora, em uma escolinha rural, tentando incentivar as crianças a aprenderem a interpretar textos, distribuiu a seus alunos de 4ª série cópias reprográficas do discurso do presidente Jair Bolsonaro em Davos, na Suíça, para leitura e análise.
Após uma leitura em conjunto, a professorinha propôs o seguinte exercício: de acordo com o conteúdo do que vocês leram, façam um texto sobre "o que nosso presidente estava pensando quando proferiu esse grandioso discurso."
Trinta segundos depois um aluno levantou a mão: - Pronto, "fessora". Espantada com a rapidez, a professora recolheu a folha que o menino lhe apresentava e leu: Resumo do pensamento do presidente: "O que é que eu vim fazer aqui?". Nota 10!
Assim como na fábula "A Roupa Nova do Rei", é preciso simplicidade e sinceridade de uma criança para expor a verdade e se contrapor à alucinação coletiva dos fanáticos. Da mesma forma, como na parábola, o rei estava nu, em nossa realidade, o discurso do presidente estava totalmente despido de conteúdo. E não venham me dizer que ele foi sucinto e que "para bom entendedor, meia palavra basta".
Bom entendedor de verdade sabe que falta de conteúdo não é, nem nunca foi, sinônimo de sucinto. Bom entendedor sabe identificar em poucas palavras quando um néscio abre a boca. Muita gente acha que Bolsonaro falou pouco... Pois eu acho que ele falou demais. Talvez calado passasse uma imagem melhor

Autor: Benedito José Almeida Falcão – Publicado na Tribuna do Leitor do JC Bauru

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