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10 de dezembro de 2018

A inovação tecnológica que não chega a nossa indústria!

Os problemas nunca vão desaparecer
mesmo na mais bela existência.
Problemas existem para serem resolvidos,
e não para perturbar-nos. Augusto Cury

Persiste no país a manutenção de um esqueleto legal e institucional muito frágil quando falamos das nossas atividades produtivas. Uma estrutura que não tem capacidade para superar de forma eficiente as muitas peculiaridades que norteiam o campo da propriedade intelectual. Boa parte destas dificuldades se originam do fato de o país não utilizar um marco regulatório correto.
Segundo a Pesquisa de Inovação Tecnológica (Pintec) publicada pelo IBGE, entre os problemas e dificuldades de alta relevância, estão os elevados custos para implantação de inovações, os riscos econômicos e a escassez de fontes de financiamento. O custo do dinheiro no Brasil ainda é muito alto e às vezes inviável para certas operações em grandes empresas.
Apesar dos custos elevados para inovação, temos de ressaltar que o país avançou, com destaque para os fundos setoriais, a equalização das taxas de juros do Fundo Verde Amarelo (2002), a Lei da Inovação (2004) e a Lei do Bem (2005).
Outro problema são os riscos econômicos, que envolvem a nossa conjuntura econômica instável quanto às atividades produtivas inovadoras, que normalmente demandam pesados investimentos. Porém, é preciso ter confiança na política governamental, algo que está muito difícil em nosso sistema político vigente.
A confiança é palavra chave quando se trata de investimento industrial, ela escasseia em regimes de governo que prometem o que não podem cumprir ou que concedem benefícios sem ter lastro para suportá-los financeiramente.
O terceiro aspecto que é a escassez de fontes de financiamento de longo prazo, num país de mercado de capitais pequeno, essa situação não chega a ser novidade para os empresários. A maioria das empresas acaba recorrendo a usar recursos próprios, uma vez que o crédito privado é escasso e caro.
Nosso sistema educacional continua sendo outro agravante para a inovação, apesar do crescimento da participação no ensino superior, persiste o problema da baixa qualidade do ensino no Brasil.
Neste sentido, na relação entre inovação e formação científica e gerencial, preocupa o perfil daqueles que saem das instituições de ensino superior, pois a grande maioria ainda é egressa de humanas, deixando carente daqueles que são advindos da engenharia e ciências exatas em geral, as chamadas Hard sciences.
O caminho é longo, sinuoso e repleto de interdependência do sistema política brasileiro, hora saindo do domínio petista e caminhando para quatro anos ao menos de um governo mais a direita no aspecto ideológico. Resta saber se haverá um esforço e aplicação de um Projeto Político que contemple a inovação do parque industrial nacional. Resta esperar, porém, o tempo urge.


Autor: Rafael Moia Filho - Escritor, Blogger e Gestor Público.

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