"Quando
explicamos a poesia ela torna-se banal.
Melhor do que
qualquer explicação é a experiência
direta das
emoções, que a poesia revela a uma alma
A canção A Flor da idade de Chico
Buarque de Holanda contendo verso com adaptação ao poema A Quadrilha do poeta
Carlos Drummond de Andrade ilustrará meu texto sobre outras quadrilhas no
Brasil:
“Carlos amava Dora, que amava Lia, que
amava Léa, que amava Paulo, que amava Juca, que amava Dora, que amava. Carlos
amava Dora, que amava Rute, que amava Dito, que amava Rute, que amava. Dito que
amava Rute que amava.
Carlos amava Dora que amava Pedro, que amava tanto que amava a filha, que amava Carlos, que amava Dora que amava toda a quadrilha”.
Carlos amava Dora que amava Pedro, que amava tanto que amava a filha, que amava Carlos, que amava Dora que amava toda a quadrilha”.
Os governadores eleitos começaram seus
novos mandatos mostrando a população que as leis feitas em sua maioria por eles
próprios são para ser seguida apenas pela camada debaixo da sociedade, lá no
alto, com ar bem arejado e o frescor do poder manda quem pode e obedece quem
tem juízo. A justiça raramente alcança essa amplitude e fica normalmente longe
deste patamar.
No Brasil existe a proibição por lei
da nomeação de parentes de até terceiro grau pelos políticos que estão no
poder. São regulados de várias formas em todas as instâncias de poder do país.
A nomeação de parentes para ocupar cargos na Administração Pública, prática
conhecida como nepotismo, sempre esteve presente na política nacional. Com a
promulgação da Constituição Federal de 1988, esta conduta revela-se
incompatível com o ordenamento jurídico pátrio, pois, através dos princípios da
impessoalidade, moralidade, eficiência e isonomia, evitam que o funcionalismo
público seja tomado por aqueles que possuem parentesco com o governante, em
detrimento de pessoas com melhor capacidade técnica para o desempenho das
atividades.
Além da força normativa dos princípios
constitucionais, temos a previsão do Estatuto dos Servidores da União, Lei nº.
8.112/90, que em seu art. 117, inciso VIII, proíbe o servidor de manter sob sua
chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou
parente até o segundo grau civil. No Poder Executivo Federal, dispõe sobre a
vedação do nepotismo o Decreto nº 7.203, de 04/06/2010. No âmbito do Poder
Judiciário, foram editadas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a Resolução
nº7 (18/10/2005), alterada pelas Resoluções nº9 (06/12/2005) e nº 21
(29/08/2006). Também para o Ministério Público, o Conselho Nacional do
Ministério Público (CNMP) publicou as Resoluções de nº 1 (04/11/2005), nº 7
(14/04/2006) e nº 21 (19/06/2007).
Mesmo assim a recém-empossada
Governadora Sueli Campos (PP), de Roraima, nomeou ao menos 12 parentes para
compor seu secretariado. São irmãos, primos, duas filhas e sobrinhos da
nova governadora que estarão na chefia de pastas como Casa Civil, Saúde,
Educação e Infraestrutura. A própria Suely concorreu à eleição após o
ex-governador Neudo Campos (PP, 1995-2002), com quem é casada, renunciar à
disputa em 12 de setembro, após ser barrado pela Lei da Ficha Limpa.
Ao ser eleita, a pepista afirmou que
Neudo seria o chefe da Casa Civil, no entanto, a sua filha Danielle Araújo foi
nomeada para o cargo. Oficialmente Neudo não participa da gestão, embora a
governadora também tenha dito na campanha que ele seria seu
"conselheiro".
Outra filha do casal, Emília Santos,
será secretária de Trabalho, e a secretária-adjunta será sua nora, Lissandra
Campos. A titular de Educação será Selma Mulinari, sua irmã. A Agricultura
estará sob os cuidados de Hipérion de Oliveira, seu primo.
No Rio de Janeiro, outros exemplos
estão acontecendo à luz do dia e a revelia da lei. O Governador Luiz Fernando
nomeou Marco Antonio Cabral filho do seu antecessor Sergio Cabral como
secretario dos esportes. Anteriormente o mesmo rapaz havia ocupado cargo em
comissão na Secretaria Municipal da Casa Civil da Prefeitura do RJ
(Reincidência).
O mesmo Prefeito Eduardo Paes nomeou o
enteado do atual governador, filho da primeira dama Roberto Horta Jardim Salles
para ser comandar uma subprefeitura criada exclusivamente para atender a
“demanda” do Prefeito.
Ao povo os concursos, as filas, os
impostos, o péssimo serviço e o desprezo desta escória que toma conta do poder,
faz as leis e manda neste país. Até quando Brasil!
Um comentário:
muito bom seu blog, estou recomendando a todos que conheço. abraço linuxbugone.blogspot.com.br
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