A
irracionalidade de uma coisa não é
argumento
contra a sua existência,
mas sim uma
condição para ela.
Nietzche.
Há
muito tempo ouvimos dizer que as reformas são necessárias para que o Brasil
possa melhorar seu desempenho na economia, na política, enfim, começar a
subir na direção do chamado primeiro mundo. São elas as reformas política,
tributária/fiscal as principais fontes de desejo de boa parte da sociedade
brasileira.
Os políticos
obviamente utilizam à exaustão em seus discursos mentirosos e vazios a
necessidade das mesmas ressaltando com ênfase a luta que irão travar para
conseguir que elas sejam aprovadas no Congresso Nacional. A mesma casa que
consegue passar meses sem votar algo e sempre tiveram engavetadas todas as
reformas, todas as mudanças de códigos e leis que a população tanto reclama.
Portanto, impossível
acreditar que esses mesmos políticos, do governo ou na oposição estejam
realmente levando a sério aquilo que a sociedade civil tanto clama. Passada a
posse dos Governadores e da Presidente, teremos em Fevereiro o começo dos
trabalhos dos novos congressistas eleitos em outubro de 2014.
Desde o final
da eleição a única coisa que ouvimos destes, é que querem o poder da casa.
Querem cargos nos Ministérios, nas Secretarias e Empresas Estatais do segundo
escalão. Não se ouve uma palavra sequer da formulação de projetos para
discussão assim que assumirem seus mandatos.
Nossos
representantes na verdade representam Bancos, Siderúrgicas, Laboratórios
nacionais e internacionais, Usinas, Sindicatos Patronais, Ruralistas, exceto o
povo, este fica sem voz no Congresso Nacional há muitos anos.
Este é o
grande complicador de uma futura, embora improvável discussão para promover as
Reformas estruturais que o país urge precisar. Como deixar nas mãos destes
homens que não representam o povo na sociedade civil discutirem a transformação
das políticas sociais, fiscais e partidárias que poderiam melhorar a vida da
nossa população?
Sem contar que
uma grande maioria destes Deputados eleitos não tem a capacidade e o
discernimento para discutir questões mais complexas além de suas formações
escolares e profissionais. Muitos, talvez a grande maioria, não sabe sequer o
que é uma Reforma. Serão levados pela força de suas lideranças que sempre estão
a serviço do poder, nunca do povo.
Sendo assim,
nos próximos quatro anos com certeza não teremos sequer a discussão das
reformas estruturais, se tivermos, a oposição que é minoria, mas tem uma boa
qualificação em suas bases poderá impedir que algo seja feito pela situação que
tem quantidade com baixa qualidade.
Triste para
nosso país que esta situação aconteça justamente em desacordo com a premissa de
que uma democracia existe justamente para ser palco de grandes discussões,
transformações em favor do povo.
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