O erro
acontece de vários modos, enquanto
ser correto é
possível apenas de um modo.
Se existe uma
coisa que nossos gestores públicos não têm, é preguiça, provando a cada dia sua incapacidade,
omissão e despreparo para o exercício de suas funções públicas. Dificilmente
passamos um dia sem ler ou ver uma notícia que mostra a ineficiência e a
imoralidade de alguns governantes e seus servidores diretos ou indiretos.
Em Osasco na
Grande São Paulo, tivemos um show de horrores dentro do Hospital Municipal e
Maternidade Amador Aguiar. Para quem não sabe o Hospital leva o nome do
fundador do Banco Bradesco, e, deve ter se remexido no túmulo por ter seu nome
probo atrelado a este hospital de Osasco.
O Hospital
ficou sem energia elétrica de segunda-feira (05/01) a terça-feira (06/01) após
o seu gerador emergencial ter quebrado quando funcionava para cobrir a falta de
energia no prédio. Funcionários do Hospital ligaram doze vezes para a empresa Eletropaulo,
uma inoperante distribuidora de energia que atende (ou ao menos deveria
atender) aquela região da cidade.
Sem gerador,
sem energia da rua, sem serem atendidos pela empresa Eletropaulo, os médicos e
enfermeiras começaram a operar milagres no limite extremo entre o risco e a
irresponsabilidade para poder salvar vidas de crianças que estavam nascendo ou
descansando nas incubadoras da UTI Neo Natal.
A improvisação
contou com luzes de celulares e respiradouros manuais para poder tentar
garantir a vida de algumas crianças recém-nascidas. Até cirurgias foram
realizadas em meio à penumbra que cobria toda área destinada a salvar vidas no
Hospital.
Não bastassem
todo esse desespero e agonia, uma enfermeira percebendo a gravidade da situação
aproveitou para filmar com seu celular tudo que estava acontecendo. Gravou
inclusive imagens de baratas e outros insetos vivos se locomovendo pelas
paredes do Hospital.
Até uma
criança sabe que Hospitais e Prontos Socorros deveriam ser prioridade máxima no
atendimento das empresas concessionárias de distribuição de energia elétrica,
mas a privatizada Eletropaulo, parece que não sabe muito bem dessa regra.
A prefeitura comandada
pelo recém-empossado Jorge Lapas (PT) por sua vez, limitou-se a uma tênue
declaração através de um Adjunto da Secretaria da Saúde e nada mais. O Estado
finge que não sabe de nada assim como o Ministério da Saúde e demais
autoridades do país. Nunca é com
eles quando o problema põe em risco a vida do cidadão comum. Aqueles que eles
só se lembram durante as campanhas eleitorais de dois em dois anos.
Um Hospital
com baratas nas paredes, notoriamente imundo e sem condições higiênicas e
sanitárias. Uma empresa de energia inepta que não consegue atender o consumidor
de forma precisa e eficiente. Um Poder Público Municipal que não fiscaliza, não
cobra e pune com rigor a administração de um Hospital público formam a junção
perfeita da UTI – União de Tamanha Incompetência.
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