Desde o ano de 2017, os políticos bolsonaristas descobriram que a mentira os ajuda a difamar os adversários, auxilia nas campanhas eleitorais e serve para manter seus eleitores e apoiadores sintonizados com as suas Fakes News.
É uma espécie de missão, onde os deputados, senadores e demais membros das cúpulas partidárias precisam dar “retorno” aos seus apoiadores, mostrando a estes que permanecem na “ativa” com suas mentiras obscenas contra o Estado brasileiro, o governo federal e seus membros.
Nesta semana, a mentira da vez criada por Eduardo Bolsonaro, deputado federal licenciado da Câmara Federal foi que o chefe do Escritório de Coordenação de Sanções do Departamento de Estado dos EUA, David Gamble, viria ao Brasil para discutir sanções ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Antes que houvesse uma maior repercussão da fake news criada pelo filho de Bolsonaro, a assessoria de imprensa da Embaixada dos EUA no Brasil informou que o Departamento de Estado dos Estados Unidos enviará uma delegação a Brasília, chefiada por David Gamble, chefe interino da Coordenação de Sanções. Ele participará de uma série de reuniões bilaterais sobre organizações criminosas transnacionais e discutirá os programas de sanções dos EUA voltados ao combate ao terrorismo e ao tráfico de drogas. Ou seja, nada a ver com Alexandre de Moraes.
Desde que abandonou o mandato de deputado no Brasil, Eduardo Bolsonaro tem se dedicado a articular sanções contra o ministro, relator do inquérito sobre a tentativa de golpe, que tem como réus seu pai e diversos aliados. Além de ataques e ameaças nas redes sociais, nos EUA, Eduardo Bolsonaro tem se reunido com parlamentares da ala mais radical do trumpismo para tentar aplicar a Lei Magnistiky contra Moraes. Trata-se de uma legislação que prevê sanções econômicas a acusados de corrupção ou graves violações de direitos humanos, tais como o bloqueio de contas bancárias e de bens nos Estados Unidos, além da proibição de entrada no país.
Na esteira da mentira grosseira usando autoridades dos EUA, o ex-promotor Power Point Deltan Dallagnol fez um vídeo e postou nas redes sociais usando justamente a mentira contada por Eduardo Bolsonaro como se esta fosse verdade.
Essa história mostra como os políticos e apoiadores bolsonaristas agem no país. Criam narrativas falsas, disseminam nas redes sociais e nos aplicativos de mensagens perpetuando a mentira.
Infelizmente, nosso Congresso Nacional se recusa a aceitar leis que venham a punir esse tipo de comportamento inapropriado e criminoso por parte de políticos eleitos pelo povo. Sem poder de argumentação, legado e projetos em prol da nação, resta aos bolsonaristas mentir em profusão, enganar seus eleitores e tentar ludibriar o conjunto da sociedade brasileira.
Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Acadêmico da ABLetras, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.