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5 de maio de 2025

Eles continuam mentindo ao povo brasileiro!

Foto: Revista Forum - Reprodução.

Desde o ano de 2017, os políticos bolsonaristas descobriram que a mentira os ajuda a difamar os adversários, auxilia nas campanhas eleitorais e serve para manter seus eleitores e apoiadores sintonizados com as suas Fakes News.

É uma espécie de missão, onde os deputados, senadores e demais membros das cúpulas partidárias precisam dar “retorno” aos seus apoiadores, mostrando a estes que permanecem na “ativa” com suas mentiras obscenas contra o Estado brasileiro, o governo federal e seus membros.

Nesta semana, a mentira da vez criada por Eduardo Bolsonaro, deputado federal licenciado da Câmara Federal foi que o chefe do Escritório de Coordenação de Sanções do Departamento de Estado dos EUA, David Gamble, viria ao Brasil para discutir sanções ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Antes que houvesse uma maior repercussão da fake news criada pelo filho de Bolsonaro, a assessoria de imprensa da Embaixada dos EUA no Brasil informou que o Departamento de Estado dos Estados Unidos enviará uma delegação a Brasília, chefiada por David Gamble, chefe interino da Coordenação de Sanções. Ele participará de uma série de reuniões bilaterais sobre organizações criminosas transnacionais e discutirá os programas de sanções dos EUA voltados ao combate ao terrorismo e ao tráfico de drogas. Ou seja, nada a ver com Alexandre de Moraes. 

Desde que abandonou o mandato de deputado no Brasil, Eduardo Bolsonaro tem se dedicado a articular sanções contra o ministro, relator do inquérito sobre a tentativa de golpe, que tem como réus seu pai e diversos aliados. Além de ataques e ameaças nas redes sociais, nos EUA, Eduardo Bolsonaro tem se reunido com parlamentares da ala mais radical do trumpismo para tentar aplicar a Lei Magnistiky contra Moraes. Trata-se de uma legislação que prevê sanções econômicas a acusados de corrupção ou graves violações de direitos humanos, tais como o bloqueio de contas bancárias e de bens nos Estados Unidos, além da proibição de entrada no país. 

Na esteira da mentira grosseira usando autoridades dos EUA, o ex-promotor Power Point Deltan Dallagnol fez um vídeo e postou nas redes sociais usando justamente a mentira contada por Eduardo Bolsonaro como se esta fosse verdade.

Essa história mostra como os políticos e apoiadores bolsonaristas agem no país. Criam narrativas falsas, disseminam nas redes sociais e nos aplicativos de mensagens perpetuando a mentira.

Infelizmente, nosso Congresso Nacional se recusa a aceitar leis que venham a punir esse tipo de comportamento inapropriado e criminoso por parte de políticos eleitos pelo povo. Sem poder de argumentação, legado e projetos em prol da nação, resta aos bolsonaristas mentir em profusão, enganar seus eleitores e tentar ludibriar o conjunto da sociedade brasileira.

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Acadêmico da ABLetras, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

3 de maio de 2025

Jovens: digitais, sim; tecnológicos, não!

  

Dizemos comumente que a geração atual é a da tecnologia, mas será mesmo, escreve Vinicius De Andrade. Foto Marijan Muratdpa Picture Alliance.

Abrir um arquivo de Excel e procurar um nome na lista, enviar um e-mail colocando as informações corretas no corpo da mensagem e no assunto, saber entrar em um diretório no Drive e fazer o download de um arquivo para assinar: ações triviais que estão presentes em nosso cotidiano, seja no trabalho, na escola ou na universidade. 

Por meio do meu trabalho, tenho contato com jovens da rede pública de todo o país. Se disser que uma parte significativa tem dificuldades para fazer essas tarefas, você, leitor, acreditaria?

Semana passada precisei liberar informações de login para um simulado, e fiz isso via Excel. Talvez tenha sido ingênuo demais, mas não poderia imaginar que muitos nem saberiam abrir o arquivo e procurar seu nome lá.

Jovens, os da era da tecnologia?

Fiquei chocado e assustado com tamanha dificuldade, e algo me veio à mente. Nós dizemos comumente que a geração atual é a da tecnologia, mas será mesmo?

Também sempre compartilhei desse senso comum. Tenho 12 sobrinhos e acompanhei claramente, do mais velho para o mais novo, o quão rápido tinham acesso ao celular para ver vídeos e jogar.

Reparem quando estiverem em algum restaurante, parque, shopping ou até mesmo no cinema. Verão vários jovens e crianças com o celular na mão, mostrando uma incrível habilidade.

Dado o contexto, é natural compartilhamos a ideia de que são os mais adaptados à tecnologia que já existiram, mas tenho pensado que não é bem assim não. 

Ou será que são da era do digital?

Talvez tenha sido movido pelo cansaço de precisar explicar a mesma informação "n" vezes, mas fiquei particularmente incomodado com tanta dificuldade para abrir um arquivo do Excel e procurar seu nome. Pensei: "poxa, vivem com o celular na mão, como assim estão tendo essa dificuldade?"

Mas daí lembrei que digital e tecnológico, embora haja interseções, são conceitos diferentes. 

Digital refere-se ao sistema de transmissão e processamento de dados baseado em valores binários (dígitos 0 ou 1), usado por todo computador, celular ou objeto que contenha um processador.

Tecnologia é algo mais amplo: é um conjunto de técnicas, processos e instrumentos para alcançar um objetivo ou solucionar um problema. Um relógio analógico, por exemplo, tem muita tecnologia envolvida para indicar as horas, sem usar nenhum processamento digital.

Acredito que os jovens atuais sejam os mais acostumados à era digital que já existiram, mas isso não se traduz em também serem os com maior capacidade para usar a tecnologia.

Todos sabem navegar e postar em redes sociais, gravar vídeos para os Stories, assistir a vídeos no Youtube. No entanto, a maioria não sabe enviar um e-mail, fazer o upload de um documento no Drive ou os recursos mais básicos do Excel ou do Word, atividades em geral associadas ao uso profissional de um computador.

Devemos mirar num equilíbrio

Não quero assumir um discurso conservador e subestimar avanços que vemos hoje nos jovens, como, por exemplo, o ativismo com pautas sociais e a proximidade com o mundo digital.

Também não quero culpabilizar os jovens. Acredito que o contato com o celular, alinhado ao fato de que o digital e o tecnológico se confundem, estão mascarando o problema.

Mas não consigo naturalizar não saberem enviar um e-mail ou utilizar o básico do pacote Office. Sei que a relação com o emprego e com a educação estão em constante mudança, mas me preocupo que percam oportunidades simplesmente devido a esse déficit.

Eles têm uma forma de lidar com a internet bem própria e um conhecimento tácito que não pode ser desvalorizado. Não é sobre não usar mais redes sociais, mas eles têm um mundo nas próprias mãos e um acesso maior do que nós tivemos. É uma pena não terem a oportunidade de desenvolverem habilidades básicas que irão os ajudar na vida.

No entanto, esse desenvolvimento não ocorrerá sozinho. É preciso que haja políticas públicas tanto no caráter de incentivo quanto também de formação e capacitação para o uso das tecnologias digitais.

Autor: Vinicius de Andrade – Publicado no Site DW.

2 de maio de 2025

Explicar o que é inexplicável no país!

 

Que a imensa maioria da elite e da classe média odeiam os pobres, é fato por demais conhecido de todos. Sendo assim, quaisquer tentativas, projetos ou iniciativas governamentais de redimir a pobreza sempre enfrentou dura oposição desses setores, e sempre que insistiram no país, terminou em golpe de Estado. Getúlio, Jango, Lula e Dilma sabem bem e viveram cada qual ao seu tempo esse tipo de situação.

Os ricos e a classe média não representam mais do que 20% da população brasileira. Portanto, sozinhos, não conseguem decidir eleições majoritárias (Prefeitos, Governadores, Senadores e Presidentes da República), para isso contam com a ajuda dos chamados "pobres de direita".

Esse fato se repete há anos, desde a redemocratização do país, com a volta das eleições diretas em 1989. Desde então, temos visto a eleição de candidatos das elites e do chamado mercado financeiro. Fernando Collor, Paulo Maluf, PSDB (Em SP por 28 anos consecutivos) e Jair Bolsonaro, são alguns exemplos de que a maioria dos pobres remediados estão votando e elegendo os candidatos dos patrões, empresariados e do chamado mercado financeiro.

A composição do Congresso Nacional (Câmara e Senado) é composta majoritariamente de políticos de direita, representantes do patriarcado, das elites financeiras, enfim, dos ricos.

A pergunta difícil de ser explicada é porque os pobres votam, elegem e defendem aqueles que irão prejudica-los em demasia após serem eleitos. São estes políticos que vão trabalhar pelos ricos, votar pelos ricos, legislar contra os pobres, trabalhadores e aposentados.

Como a esquerda normalmente defende projetos contra a fome, habitação, inclusão social, com benefícios que tentam combater a desigualdade financeira e social, a pergunta que não quer calar é: “Porque os pobres votam na direita que não defendem programas sociais”? Os políticos de direita não possuem legado, não constroem, não favorecem os mais pobres, porém, descobriram uma fórmula de aliciá-los.

Agem disseminando mentiras, quase todas imputando aos partidos progressistas a pecha de corruptos. Usam a corrupção para marcar a esquerda, quando na verdade os dados não mentem no Brasil. Desde que conseguimos a proclamação da república, o país elegeu 90% dos presidentes do espectro de direita, restando muito pouco para classificarmos como políticos de esquerda. João Goulart, Lula e Dilma são os poucos representantes da ala mais progressista na política que chegaram ao poder.

Portanto, fica caracterizado como uma tremenda infâmia a afirmação dos ricos de que o PT e a esquerda são os pais da corrupção. Fazem de propósito, visto que não conseguiriam jamais argumentar com base em projetos, obras e ideais.

Basta fazer uma leve comparação entre as gestões de Lula e Dilma com as de Temer e Bolsonaro. É risível a diferença dos projetos criados, implementados e as obras realizadas nestas gestões. Na gestão Dilma ela implementou diversos programas de combate a corrupção, como a lei da transparência, lei da ficha limpa; muito mais do que Temer e Bolsonaro em suas gestões.

Lula fez e deixou como legado muitas coisas. Ressalto algumas importantes: Fies, Pronatec, Prouni, Ciência sem Fronteiras, Mais Médicos, Farmácia Popular, Minha Casa, Minha Vida, Bolsa Família, Cisternas no sertão, Luz para Todos, Transposição do Rio São Francisco, Aumento do salário mínimo acima da inflação, Pronaf, Bolsa Atleta, SUS, Samu/Upas, Saúde da Família, ainda deixou um caixa de US$ 371 bilhões ao sair do governo.

Peça para alguém contrapor esses dados ou melhor, mostrar o que Temer e Bolsonaro fizeram entre 2016 – 2022. Antecipo dizendo que não fizeram nada, motivo pelo qual espalham mentiras afirmando que “Lula é ladrão”, que a esquerda é corrupta, e outras sandices sem provas, sem nexo e sem respaldo.

Infelizmente os pobres de direita acreditam em tudo que é emanado pelo WhatsApp, Telegram e demais redes sociais. Pobre Brasil sem rumo, sem destino, sem leitura e nas mãos de inescrupulosos e infames políticos representantes da elite tradicional brasileira, a mesma que manteve a escravidão por mais de trezentos anos.

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Acadêmico da ABLetras, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.