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1 de agosto de 2025

Como estão os cinco pilares da administração municipal em Bauru?

  

Imagem CR2 Transparência pública.

Normalmente os políticos sempre usaram em suas campanhas eleitorais os temas Habitação, Saúde, Educação, Segurança e Saneamento Básico, que são verdadeiros pilares da administração pública. Na maior parte das vezes mentem ou simplesmente não cumprem com o prometido.

Vivemos sendo bombardeados na mídia por informações sobre desvios de emendas parlamentares que nunca chegam a quem deveria ou que na verdade precisariam de recursos para executar os projetos tão esperados pela população.

São bilhões de recursos anuais que resolveriam uma parte dos muitos problemas que a maior parte das cidades possuem em suas administrações, entretanto, a verdade é que estas emendas são desviadas para fins eleitoreiros ou para corrupção.

As cidades então passam a ter que projetar suas necessidades a partir da realidade de seus orçamentos, normalmente derivados da arrecadação de impostos e dos recursos oriundos dos repasses dos estados e do governo federal.

Como as estruturas do poder municipal são caras, sempre com folhas de pagamentos elevadas, os recursos são escassos na maior parte dos 5.570 municípios do país. Logo, as realizações de obras que abrangem os cinco pilares citados acima no texto são cada ano menores.

Em Bauru, por exemplo, nos últimos 25 anos as obras são escassas, os serviços prestados cada vez menores e a população carecendo de habitação popular, cujo déficit é de 30 mil residências. Faltam creches e escolas, a segurança pública é fraca, saúde tem centenas de mortes anualmente por falta de leitos hospitalares e de UTI. Os pacientes da rede pública ficam anos aguardando para poder realizar um exame de imagem.

Portanto, faltam hospitais e unidades de pronto atendimento suficientes para atender a demanda que cresce com o envelhecimento da população. O saneamento básico é um capítulo à parte na cidade. Bauru recebeu R$ 129 milhões em 2015 para poder construir sua Estação de Tratamento de Esgotos – ETE. Além de ter uma verba garantida por lei de 2006, com arrecadação permanente nas contas de água e esgoto. O chamado Fundo de Tratamento de Esgotos – FTE se tornou então a CPMF bauruense, tendo em conta atualmente mais de R$ 290 milhões de reais sem utilização e sem o cessar da contribuição.

Para desespero da população, a ETE foi paralisada pela atual prefeita Suellen Rosim (PSD/SP) em 2021. Neste período, a prefeita resolveu elaborar um mega projeto bilionário que inclui obras antienchentes e a privatização da autarquia que cuida da água e esgoto da cidade Departamento de Águas e Esgoto – DAE.

A prefeitura não tem capacidade para colocar na praça a licitação que já sofreu devoluções por parte do Tribunal de Contas do Estados de SP – TCE, e com isso, o esgoto de 380 mil bauruenses e sua indústria permanecem sendo jogados no Rio Tietê.

Para se eleger promessas foram feitas com base em ficção, obras que não saem do papel. Mesmo assim, misteriosamente conseguiu sua reeleição em 2024 para mais quatro anos de mandato. Resultado? Mortes na fila de espera da saúde. Educação sem a qualidade desejada. Saneamento básico zero. Segurança sem vídeo monitoramento e com déficit gigantesco nas equipes das polícias civil e militar. Habitação restrita a condomínios de luxo e prédios de alto padrão.

Moral da história: os eleitores que são cerca de 280 mil bauruenses, precisam ser mais rigorosos. Exigirem dos partidos candidatos melhores, para ter mais opções na hora de suas escolhas. Voto consciente e baseado em pesquisas sobre fatos e não sobre o eventual asfalto nosso de cada dia. 

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Acadêmico da ABLetras, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

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