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1 de outubro de 2024

Um momento difícil em que vivemos!

 

Os analfabetos do século XXI não serão
aqueles que não sabem ler e escrever,
mas aqueles que não sabem aprender,
desaprender e reaprender. Alvin Toffer

Uma grande parcela do nosso povo está imbecilizada a tal ponto que já não admite o contraditório. Numa sala com 20 seres, para um mesmo assunto haverá vinte possíveis verdades, e nenhuma delas será a real... Já disse Mário Sergio Cortella, filósofo e escritor brasileiro, “que o sujeito imbecil não tenta derrotar o seu argumento, ele quer derrotar você, e sem capacidade de contrapor sua argumentação, ele então ergue sua voz, tenta vence-lo pelo medo”

Os exemplos são muitos. Nos debates para a prefeitura de São Paulo, nós assistimos cadeiras voando ao invés de projetos e ideias sobre a gestão futura da cidade. No Congresso Nacional, impera a quinta série, onde deputados e senadores mentem, desqualificam ministros, interferem em reuniões, como se fossem crianças mimadas, sem educação e conteúdo para estarem justamente representando o povo brasileiro.

Povo que, por sua vez, os elegeu achando que estava afastando o “comunismo” do Brasil, justamente o sistema que nunca existiu em nossa república. Votaram em políticos com títulos como: Pastor, Bispo, Coronel, Capitão e, no frigir dos ovos, são estes que justamente não fazem nada pela nação, nem pelo parlamento e muito menos pela sociedade.

As pessoas tornaram-se intolerantes a tal ponto que discussões terminam em brigas, mortes e separações entre amigos e familiares. No trânsito, as desavenças são constantes, ninguém ouve, não respiram antes de partirem para agressões verbais e físicas, que estão muito longe de serem exemplos de civilidade.

No templo sagrado da Educação, nas escolas, desde o fundamental, temos presenciado nos noticiários brigas e mortes de crianças. Ora porque sofreram bullying, ou porque não sabem ouvir um simples “não”. O resultado são os homens que no futuro irão matar suas namoradas e esposas quando estas um dia disserem que não querem mais manter o relacionamento com eles.

Falta da parte dos governantes a mínima vontade política de mudar esse estado de coisas que estão nos sugando como um imenso ímã em direção ao fundo de um buraco negro sem fim. Nada é realizado sem que esteja presente a discussão etérea sobre ideologia. A nação precisa de avanços significativos na educação, pois somente ela poderá mudar o país e conseguir transformá-lo numa nação onde a tecnologia possa triunfar em favor da sociedade, do mais pobre ao mais rico.

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Acadêmico da ABLetras, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

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