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16 de outubro de 2024

A precarização da educação em andamento no Brasil!

 

Professores não são pessoas comuns e pessoas comuns não são Professores. Não escolha ser Professor até que você esteja preparado para isso. Professores na Alemanha recebem os maiores salários do país. E quando juízes, médicos e engenheiros reivindicavam à chanceler Angela Merkel equiparação salarial, ela respondia: “Como eu posso comparar vocês com quem ensinou vocês?”
Angela Merkel

          Como que nós podemos alcançar um nível de excelência na Educação em nosso país, se os governadores de diversos Estados estão promovendo a precarização do ensino?  No Brasil, 15 redes estaduais priorizam contratação 'por temporada', sem garantir estabilidade ou plano de carreira aos professores. Resultado: eles dão aula em mais de uma escola, ganham salários inferiores e trocam de emprego com frequência.

 

A condição de contratação de professores temporários é exceção, porém, os governadores que acham que estão “economizando” adotam a regra como oficial, não contratando professores concursados. Educação não é gasto, eles deveriam e talvez até saibam que educação é investimento no mais amplo sentido da palavra.

 

O Brasil possui centenas de milhares de escolas e, de acordo com o Censo Escolar da Educação Básica de 2023, o país possuía aproximadamente 178.500 escolas. Esse número inclui escolas de educação infantil, ensino fundamental e ensino médio, tanto da rede pública quanto da rede privada.

Segundo o mesmo Censo Escolar, o Brasil possuía aproximadamente 670 mil professores nas redes estaduais. Esse número engloba todos os professores das escolas públicas e privadas do país.

Os governadores não querem investir, motivo pelo qual não contratam professores concursados, não investem em modernização das escolas, compra de novas tecnologias e o aperfeiçoamento dos professores e dirigentes escolares com treinamentos e capacitações.

Na contramão do mundo civilizado, desprezam tudo isso e “gastam” recursos primordiais com a contratação de professores temporários. Com isso, o número de professores concursados é o menos nos últimos dez anos. O número de professores temporários é maioria nas escolas em diversos Estados, fazendo com que o número de temporários aumentasse 55% e o de concursados reduzisse 36%.

Nada existe contra os valorosos professores em condição de serviço temporários, são importantes e prestam serviço essencial. O que está errado são os governadores deixarem de contratar professores, médicos e demais profissionais para driblarem as leis e reduzirem seus custos. Educação é investimento, nunca foram gastos. 

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Acadêmico da ABLetras, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

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