Durante a gestão inteira de Bolsonaro a mídia bauruense não se preocupou um minuto sequer em questionar atos de corrupção dentro do governo, se calou diante da política assassina em relação à compra tardia de vacinas após a morte de milhares de brasileiros, ao desmonte do esquema de vacinação e da saúde pública, dos bloqueios de verbas para saúde, educação e pesquisas científicas.
Calaram-se diante da insanidade de Damares, das sandices cometidas pelo Pazuello na Saúde, dos absurdos em relação ao desmonte da Cultura, das demonstrações de nazismo entre ministros, da nulidade de Paulo Guedes, do afastamento do país em relação à União Europeia e demais parceiros econômicos, da corrupção na Codevasf, da Sodoma e Gomorra no MEC com pastores e o Ministro metendo a mão nos recursos da educação.
Se omitiram completamente diante das exonerações de 23 delegados da PF e das interferências naquela instituição sempre que um escândalo envolvendo os filhos do presidente avançavam. Não disseram nada sobre o desmantelamento da COAF.
Finalmente fingiram-se de mortos quando Bolsonaro rompeu o teto de gastos para tentar desesperadamente comprar votos na eleição, causando um rombo de bilhões aos cofres do erário. Nenhuma palavra, nenhuma matéria, silêncio completo, inclusive dos economistas chapa branca da cidade.
Não gastaram uma linha com o fato de o presidente ficar em campanha desde a posse, transformando todo evento em palanque eleitoral, ao contrário do que rege a lei. A estupidez das motociatas sem sentido para manter a seita viva.
Agora, antes mesmo da posse do novo presidente, resolveram criticar tudo e todos. A demonstração cabal de que o problema nunca foi a corrupção nem a má gestão, mas sim, ideologia rasteira, barata a serviço de uma classe dominante, uma elite falida, que nada produz, que não gera empregos, que paga salários de fome, mas que quer manter seu status em Miami. São aqueles que chamamos de Kennedys de Bauru.
A eles não interessa a verdade, mas sim, apenas e tão somente atacar e difamar a esquerda, principalmente quando esta coloca como prioridade do governo justamente o combate à fome dos mais pobres. Daqueles por quem eles têm ojeriza. Não assumem, mas o preconceito é enorme.
Agora o BNDES importa, o teto de gastos é vital, os nomes indicados são prioridade, justamente de quem não escreveu uma linha sobre os vermes que ajudaram a desconstruir o país nos últimos quatro anos impunemente.
Uma greve de professores é tratada como se estes fossem “vagabundos” como já disse um jornalista na cidade. Entretanto, incentivam ou se calam diante de desocupados na porta do quartel.
Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.
Um comentário:
A sem limites é composta por vários "sem limites" para criticar tudo e todos que não se alinhem com o que e a quem seguem.
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