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1 de dezembro de 2022

Liberdade de expressão não é liberalização de ofensas e fake news!

Desde que Bolsonaro saiu do baixo clero, do ostracismo na vida política nacional, onde aparecia apenas quando defendia generais, torturadores e a ditadura militar e chegou à presidência da república, seus seguidores começaram a crucificar o STF e seus ministros.

Em nenhum momento desde sua posse até a pandemia ele teve algum problema com aquela instituição e com os seus ministros. Entretanto, tudo começou quando Bolsonaro mentiu aos seus seguidores usando uma interpretação mentirosa sobre as condições para governar durante a pandemia. Disse que o STF o impediu de agir na pandemia, quando na verdade aquela corte apenas garantiu o que prevê a constituição federal, no que tange aos governos estaduais e prefeituras.

Todos viram e estava latente que Bolsonaro não quis adiantar a aquisição de vacinas contra a Covid. Bolsonaro foi contra o isolamento social e contra até o uso de máscaras. Portanto, somente os alienados da sua seita podem dizer que o STF impediu o presidente de trabalhar. Por ele, ao invés de 688 mil mortos, teríamos algo em torno de um milhão e oitocentos mil brasileiros mortos.

Durante o processo eleitoral, acusam o TSE e o STF de censura contra a imprensa, quando na verdade estes apenas impediram que a JP e os canais bolsonaristas de extrema direita disseminassem mentiras contra adversários, contra a democracia brasileira, cometendo crimes como, por exemplo, divulgando e enaltecendo o nazismo.

Se não fosse a firmeza de Alexandre de Moraes e dos ministros do STF, essa situação teria caminhado para algo insustentável abalando poderes e as eleições.

Desde que Lula foi oficializado como candidato à presidência, Bolsonaro iniciou uma retórica mentirosa contra as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral brasileiro. Embora nunca tenha conseguido provar de forma oficial que houvesse acontecido uma fraude sequer em 26 anos de funcionamento das urnas eletrônicas no país, ele ficou pondo em dúvida a lisura da eleição, o que justifica o discurso dos alienados afirmando ter havido fraudes, sem ter provas.

Esse discurso contra o STF e o TSE é parte das pautas de emissoras de televisão, rádio e jornais de grande porte, que alimentam essa mentira e omitem da sociedade que Bolsonaro foi o pior presidente que a república já teve desde 1889. Omitem que seu governo torrou bilhões para tentar mascarar sua gestão pífia, comprando votos através de auxílios aos mais pobres. Não conseguiu controlar a economia, permitindo a volta da inflação, o estouro do teto de gastos e o aumento da desigualdade social no país. Fome, desemprego e corrupção estão presentes nos quatro anos de Bolsonaro. Culpar o STF e o TSE é leviano, mentiroso e tem por estratégia tentar um golpe de misericórdia para anular as eleições que forma limpas, transparentes e sem fraudes.

A mídia deu destaque à viagem dos ministros do STF a Nova Iorque, porém, fingiu não ver as seguidas viagens da família do presidente em aviões da FAB para outros países sem que houvesse uma agenda política que justificasse esses deslocamentos.

          O STF e o TSE não podem ser culpados por agirem de acordo com as leis e a nossa Constituição, afinal não foram eles que estabeleceram o orçamento secreto, maior escândalo de corrupção no Brasil. Nem foram eles que ficaram quatro anos em palanques e motociatas. Coibir mentiras, crimes e corrupção não é motivo para fechar o STF. 


Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

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