A mídia brasileira mentiu, se omitiu e foi no mínimo conivente com tudo que ocorreu em nossa política desde 2016 até os dias atuais. Não exerceu seu papel preponderante de jornalismo opinativo, investigativo e informativo junto à sociedade brasileira.
Temos assistido nos últimos anos na Europa, EUA e no Brasil que líderes totalitários manipulam a mídia independente para tomar o poder e depois eliminá-los. Neste sentido, jornalistas independentes devem entender que se trata de jogadores desonestos que buscam promover suas mentiras no lugar de responder perguntas de forma honesta.
O nazismo fechou mais de 200 jornais na Alemanha após Hitler chegar ao poder. Viktor Orbán fez o mesmo na Hungria depois que ascendeu ao poder. Trump usou das redes socais e do WhatsApp e Telegram para disseminar mentiras grotescas sobre comunismo, ajuda da Rússia a Hilary Clinton e muito mais sem que a grande mídia tenha contraposto a verdade.
No Brasil, a mídia se calou diante de um golpe contra a democracia que começou com a absurda tese das pedaladas fiscais para promover o Impeachment de Dilma Rousseff, cuja gestão não teve uma única denúncia de corrupção apurada. Aceitaram os argumentos falsos e deram manchetes aos golpistas.
O complemento veio com a armação tosca e criminosa do grupo de Sérgio Moro em Curitiba, que usurpando a Justiça e os direitos democráticos, tirou Lula da eleição de 2018, condenando-o sem prova alguma. Usando um sítio em Atibaia e um apartamento em Guarujá para poder dar seu golpe e ajudar Jair Bolsonaro a se eleger.
O conluio descarado foi tamanho que em seguida Moro foi convidado a ser Ministro da Justiça com o compromisso de Bolsonaro de levá-lo ao STF. Com Haddad na disputa no lugar de Lula, Bolsonaro ainda claudicava e precisou de uma estratégia fora do convencional. Conseguiu, com ajuda de seu filho Carlos, uma facada fake em Juiz de Fora, sem que houvesse sangue, apurações verdadeiras e a mídia novamente aceitou tudo calada.
Foi mais uma vez conivente, nenhum grande jornal ou rede de televisão se interessou em investigar e apurar os fatos e a verdade por trás de toda aquela encenação farsesca. Coube ao jornalista Joaquim de Carvalho do Site Brasil 247 fazer um trabalho jornalístico de excelente qualidade mostrando tudo aquilo que a grande mídia se furtou a contar aos brasileiros.
As eleições de 2018 foram inundadas de disparos de fake news via agências contratadas com essa finalidade pela campanha de Bolsonaro. Redes sociais e whatsapp receberam milhares de mensagens mentirosas, criminosas contra a esquerda, Haddad e o PT. Nada foi feito pela Justiça e o TSE. Entretanto, chamou a atenção o silêncio cúmplice da mídia nacional, que já sabia do esquema que havia sido utilizado na campanha do Brexit no Reino Unido e nas eleições de 2016 dos EUA.
Agora,
com Lula vencendo a eleição em 2022, tomando posse em janeiro de 2023, e com
toda certeza as garras afiadas dos jornalistas, dos editoriais tendenciosos
voltarão com força total, visto que ficaram calados durante quatro anos do
descalabro do pior presidente que o país já teve.
Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.
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