Como dizia um trecho famoso da antiga canção interpretada pelo cantor Nelson Gonçalves – Boemia. “Boemia aqui me tens de regresso” substituída neste texto por “Hipocrisia aqui me tens de regresso”.
A mídia, os economistas, entidades, sociedade viveram os últimos quatro anos assistindo ao pior governo da república desde 1889, quando foi instaurada a república no Brasil com o fim da monarquia.
Nossa economia andou para trás, tivemos a volta da inflação, gastos obscenos com cartão corporativo pela presidente e sua família, corte de investimentos em áreas essenciais enquanto milhões passaram fome. A fila no INSS é de cinco milhões de processos porque o país estava parado nas mãos de Bolsonaro.
Neste período nefasto para o país e nosso povo, o PIB andou para trás, ninguém do Mercado Financeiro ou dos analistas da grande mídia se preocuparam com variação cambial, fiscal ou com o índice de desemprego. Muito ao contrário, fingiram-se de mortos, e no embalo da pandemia usaram o período para justificar a inércia do governo federal. Entretanto, tudo passa, a pandemia arrefeceu e em seguida Bolsonaro voltou as motociatas e aos palanques para sua tentativa de reeleição.
Uma gestão que não inaugurou nenhuma grande obra construída dentro do próprio governo. Não conseguiu entregar um único Hospital, e olha que não teve Copa do Mundo, nem Olimpíadas no país. Mesmo assim, nenhuma universidade, escola federal ou militar foi construída pelo governo, que agora insiste em ficar mesmo tendo perdido a eleição.
Antes de assumir o governo, falou muito em pátria, família, Deus, mas não vimos nada que pudesse ao menos lembrar desse slogan do fascismo na Itália de Mussolini na prática. Destruiu a cultura, paralisou a educação que foi entregue a pastores evangélicos que protagonizaram um grande escândalo no MEC. Usaram recursos do Fundef em prol de prefeituras e políticos amigos numa sequência de desvios de verbas milionárias.
Agora esses mesmos analistas traçam perfis em cima de tudo que se fala no período dedicado a transição de governos, sem que o mesmo tenha indicado ministros, política a ser seguida no campo da economia. Levantam a voz para criticar escolhas dos membros do grupo de transição. Falam da viagem de Lula ao Egito num jato particular, que não trouxe custos ao atual governo e ao país. Os mesmos hipócritas que nada comentaram das inúmeras viagens a troco de nada realizadas aeronaves da FAB.
Esses falsos moralistas que não ergueram a voz para criticar a corrupção na Codevasf, MEC, agora são os vigilantes da moral e dos bons costumes. O Brasil só se preocupa com o assunto corrupção quando a esquerda está no poder, isso aconteceu apenas em 14 anos dos 133 anos de república do país. O desprezo da extrema direita pelos pobres, pelos nordestinos, pelos negros, pela nossa cultura e educação não afetam, não preocupam o Mercado Financeiro e os pseudo economistas e analistas no Brasil.
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